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29/08/2008 - 14h41

Leonardo Quintão eleva o tom e diz que não vai mudar campanha

Rayder Bragon
Especial para o UOL
Em Belo Horizonte
O candidato do PMDB à Prefeitura de Belo Horizonte, deputado federal Leonardo Quintão, livrou-se do discurso calcado em trégua durante a campanha eleitoral e criticou com contundência o candidato Marcio Lacerda (PSB), socialista patrocinado pelo governador Aécio Neves (PSDB) e pelo prefeito Fernando Pimentel (PT). A chapa encabeçada por Lacerda possibilita a aliança entre tucanos e petistas na capital mineira.

"A candidatura dele [Lacerda] é frágil e fácil de desmontar-se", dispara o peemedebista.

Quintão também desdenhou a arrancada de Marcio Lacerda após o inicio da veiculação da propaganda eleitoral no rádio e na televisão. O socialista saltou de 6% para atuais 21%, conforme pesquisa divulgada pelo Datafolha no sábado (23) sobre intenção de voto com eleitores em Belo Horizonte.

  • Rayder Bragon/UOL

    Leonardo Quintão, candidato do PMDB à Prefeitura, critica atual prefeito da capital

Lacerda aparece agora empatado tecnicamente com Jô Moraes (PC do B), até então a candidata que detinha a liderança nos levantamentos realizados na cidade. Ela soma 17% das intenções de votos, segundo o Datafolha. Quintão aparece em terceiro lugar com 13% na preferência dos entrevistados.

"Fiquei surpreendido porque ele [Lacerda] subiu muito pouco. A estratégia da campanha deles é que 78% da população [belo-horizontina] aprova o bom relacionamento do governador com o prefeito. Então, por que que ele não está com os 78%? As pessoas que disseram que vão votar nele disseram isso por causa do Pimentel e do Aécio", alfineta o peemedebista em entrevista ao UOL.

Ele ainda afirmou ter confiança que conseguirá uma das vagas em um hipotético segundo turno na eleição majoritária de outubro e que nada muda na condução da campanha do PMDB. O deputado disse não crer na possibilidade de o socialista ganhar a eleição para prefeito no primeiro turno e, num provável segundo turno, as forças tendem a se igualarem.

"Belo Horizonte é a capital que tem o maior número de [eleitores] indecisos. Os candidatos ainda não mostraram aos eleitores suas idéias. Tenho certeza que quando o eleitor conhecer bem as minhas propostas, nós também vamos crescer muito, vamos para o segundo turno e vamos ganhar as eleições", afiançou.

Eleições de 2010



Além da convicção, o peemedebista atrelou a chance de Aécio Neves se sobressair em eventual candidatura no pleito de 2010 ao desenrolar da eleição municipal deste ano em Belo Horizonte.

"O Aécio está pedindo votos para o Lacerda, mas ele [Aécio] também é meu aliado. Ele vai precisar muito mais do meu partido do que o partido do Marcio Lacerda para se candidatar à presidência da República. Eu irei apoiá-lo caso ele se candidate à presidência da República", avalia.

Fernando Pimentel



As críticas de Quintão não se resumiram a Lacerda, o peemedebista acusou o atual prefeito Fernando Pimentel (PT) de trair as tradições petistas ao apoiar Marcio Lacerda e de ter montado esquema político na capital mineira em beneficio próprio.

"A máquina partidária do PT municipal não é mais uma máquina partidária, é uma máquina de um grupo político. São pessoas com emprego na prefeitura que controlam o partido e seguem a ordem do chefe [referindo-se a Pimentel]", acusou.

A intenção de Pimentel, segundo Quintão, é a de se "cacifar" adiante nas eleições de 2010, quando será disputado o cargo de governador do Estado.

"O grupo político do prefeito Pimentel organizou a máquina partidária [petista] para garantir a ele uma eventual candidatura ao governo do Estado, mas isso não vai acontecer porque ele vai perder a eleição [municipal de Belo Horizonte] e com isso a estratégia dele será desconstruída", concluiu Quintão.

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