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23/07/2008 - 17h07

'Vovô do rock' quer ser vereador em BH

Rayder Bragon
Especial para o UOL
Em Belo Horizonte
O candidato a vereador pelo DEM Mário Celestino da Silva Júnior, que se auto-intitula o "vovô do rock", promete a defesa e o fomento do rock and roll e das bandas alternativas de Belo Horizonte. Ele pretende, caso eleito, transformar o gabinete em local de peregrinação de roqueiros e metaleiros desconhecidos atrás de patrocínio para as carreiras e tenciona decorar o local de trabalho com adereços que remetam ao ambiente roqueiro.

  • Rayder Bragon/UOL

    Candidato democrata pretende estimular eventos de rock em BH



    "Essa candidatura é voltada para o rock and roll. Nós vamos dar todo o suporte para todos os estilos, indistintamente, do blues ao metal. Nós vamos ajudar com projetos, financeiramente, com estrutura e com os contatos políticos que a gente vai ter. Nós sabemos que uma coisa é um roqueiro chegar e pedir ao prefeito uma ajuda para fazer um evento, outra coisa é um vereador eleito por um nicho da sociedade, que não é valorizado, pedir. O meu gabinete vai ter todos os adereços do rock and roll", prometeu.

    Ele também afirmou que irá se dedicar a viabilizar a vinda de bandas de rock afamadas para shows na capital mineira, além de criar uma rádio custeada pelo município dedicada ao rock e à divulgação do trabalho das bandas independentes da cidade.

    "A nossa idéia é fortalecer o movimento rock and roll na cidade. Belo Horizonte é uma cidade que tem muitos roqueiros, muitas bandas de rock, mas existe pouco incentivo em relação ao movimento na cidade. Hoje, nós estamos perdendo (os shows) para Curitiba, para Porto Alegre. A nossa idéia é criar uma rádio de rock na cidade", disse.

    Júnior também garante que irá apresentar ao executivo proposta de parceria para conseguir realizar shows de rock em Belo Horizonte. "Os shows sairiam mais barato porque não vão visar o lucro (para o município). O espaço vai ser só para bandas de rock. Outra coisa que pretendemos fazer é apoiar os eventos já existentes e criar novos festivais," propôs Júnior.

    Advogado por formação, o "vovô do rock", que tem apenas 31 anos, explica que a origem do apelido vem da infância, quando era muito louro e fora presenteado com o apelido de vovô. Mário Júnior vislumbra um mandato de intensa diligência à prefeitura municipal para defender a causa roqueira.

    "Outra idéia e manter contato constante com a prefeitura para obtenção de material, som, a gente sabe que eles (bandas) têm que ter alvará para realizar shows nas praças. A gente pensa também em aprovar os projetos de incentivo à cultura para que muitas bandas e produtores de eventos sejam beneficiados por esses projetos para conseguirem gravar o seu CD de forma mais barata e produzir os seus eventos. O candidato Vovô do Rock vai ficar por conta de olhar isso," contou.

    Questionado se não estaria segmentando ao extremo o mandato de vereador ao colocar em prática o reducionismo proposto somente para a defesa de rock em Belo Horizonte, Júnior foi taxativo na defesa da sua proposta.

    "É possível que seja, mas a idéia é exatamente essa. Se nós colocássemos um representante da música em geral, nós iríamos cair na mesmice de todos os candidatos. Se você perguntar a um candidato o que ele vai fazer pela juventude, ele vai responder: cultura, lazer, entretenimento. Se eu colocasse isso, eu iria ser um candidato como outro qualquer. Corro esse risco, mas nós estamos firmes no projeto", afiançou.

    O candidato vovô do rock, porém, listou os benefícios que eventos ligados ao rock poderiam render ao município. "A gente sabe que por trás do rock existem muitas outras atividades. Um exemplo, se a gente trouxer uma banda grande, se o Iron Maden vier aqui, vai gerar emprego, vai gerar movimento nos hotéis. Do vendedor de cachorro-quente aos hotéis mais famosos, (todos) vão ficar superocuopados. O rock é lazer, é cultura, é entretenimento, mas existem muitas outras atividades que vão ser beneficiadas com o rock and roll", explicou.

    Júnior disse que pretende gastar pouco na empreitada rumo ao cargo de vereador e afirmou não ter idéia do montante da verba destinada à tentativa de ser eleito. "Nós não temos previsão ainda porque a campanha começou agora. Nós colocamos lá

    (registro de gastos de campanha de vereadores do DEM no TRE-MG) a quantia de R$30 mil por candidato, mas nós sabemos que não vamos gastar isso," contou.

    Confrontado com a idéia hipotética de receber um cantor sertanejo no seu gabinete, Júnior estabeleceu os parâmetros.

    "Se ele tiver alguma relação com o rock and roll, sim. Agora, se eu tiver que escolher entre ajudar um roqueiro e ajudar um cantor sertanejo, sem dúvida nenhuma que eu vou ajudar o roqueiro" concluiu.

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