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15/09/2008 - 20h24

Candidato usa o corpo-a-corpo para ser conhecido em Belém

Irna Cavalcante
Especial para o UOL
Em Belém
Com poucos recursos de campanha, João Moraes (PSL) rema sozinho contra a maré de candidatos que tem investido muito dinheiro na campanha para a Prefeitura de Belém. Até agora, os sete candidatos do pleito já declararam à Justiça Eleitoral terem gasto mais de R$ 1,5 milhão. Do montante, Moraes não chegou nem a R$ 1,4 mil. Nada de carro de som, carreata, comícios ou santinhos magnéticos. Com ele, o jeito é fazer o velho corpo-a-corpo com o eleitor.

A maior despesa dele foi com a impressão do panfleto, que ele fez no próprio escritório, e cujas propostas encontram-se condensadas em pouco menos de uma metade de papel A4. Ele diz que preferiu não buscar recursos fora, porque dificilmente encontraria empresários descomprometidos com os seus adversários.

"Eu acho que cada um bate na porta que deseja. Eu não bati na porta de ninguém, por achar que eles não iam me dar porque já estão compromissados. Além disso, não iriam aceitar esta linha inovadora de pensar. Comigo, os empresários poderiam aplicar trilhões de reais, mas vão participar do processo de licitação como qualquer outra empresa, de acordo com o padrão ético e respeitoso que a legislação determina", afirmou.

O candidato afirma que as novas regras eleitorais o favoreceram porque impediram certos excessos, mas ainda não trouxeram igualdade ao pleito. Para ele, a candidatura do PSL é mais uma vítima do sistema capitalista.

O caminho, diz Moraes, virá com o financiamento público de campanha, mas enquanto esse dia não chega, ele explica que a estratégia principal é escolher pontos de grande movimentação da cidade, parar eleitores e oferecer seu material. Em sua companhia, nada de super câmeras ou uma legião de seguidores, e, sim, seus poucos companheiros de partido e aspirantes à vereança. Hoje, a rotina foi longa: Feira do Bairro do Marco, Largo de São Braz, Igreja Santa Teresinha e Praça Batista Campos.

Neste material, que é distribuído nas ruas, estão as principais propostas do candidato à prefeitura. Dentre elas, a criação de subprefeituras nos bairros a serem administrados pelos líderes comunitários, o resgate dos valores familiares através destes centros e o incentivo ao turismo, principalmente nas regiões das Ilhas que contornam a grande Belém.

"Uso o diálogo franco e direto que tenho com todo e qualquer cidadão na rua. E posso afirmar que, dos seis, 7 mil panfletos que já fiz no meu próprio escritório desde o início da campanha foram todos bem recebidos. Além disso, tenho usado como marketing aquilo que a lei prevê, que é a grande mídia, através de inserções, da procura espontânea para levar ao conhecimento público as propostas dos candidatos", afirmou.

Mas, apesar da boa vontade, a técnica, ainda, não se traduziu em intenções de votos de forma maciça. Segundo o Ibope, das três pesquisas realizadas até agora na capital paraense, somente nesta última ele conseguiu 1% das intenções de voto.

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