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12/09/2008 - 01h11

Prefeito Duciomar Costa foi alvo de ataques no debate da Band

Irna Cavalcante
Especial para o UOL
Em Belém
Troca de acusações entre os candidatos, passado político, paternidade de obras tiram o foco das propostas no debate promovido em Belém pela Rede Bandeirantes com os candidatos majoritários do pleito. Temas como saúde e a segurança pública foram os principais motes das perguntas. Todos os sete candidatos a prefeito participaram do debate.

O atual prefeito Duciomar Costa (PTB), que tenta a reeleição, foi um dos principais alvos da noite. Ele foi acusado pelos demais candidatos de não continuar as obras anteriores, de ter feitos poucos investimentos em saúde, passar os dois primeiros anos de gestão viajando e até de crimes de improbidade administrativa. Como frisou a candidata do PSOL, Marinor Brito, em resposta à Arnaldo Jordy (PPS) sobre o descrédito da classe política. "A cidade vive no abandono. Como vereadora, tenho feito muitas denúncias, fiscalizado muitas obras e muitas ações já estão sendo investigadas pelo próprio Ministério Público. O prefeito tem três ações de improbidade administrativa e uma ação criminal por desvio de dinheiro público. Se for eleita , não vou fazer como Duciomar que fechou os Conselhos de Saúde", acusou.

A acusação rendeu inclusive um direito de resposta de Duciomar no início do terceiro bloco. "Não vou perder tempo com mentiras, com acusações infundadas de improbidade. Estou sendo acusado de não continuar obras, mas isso não é verdade, continuamos a avenida João Paulo II, o Entrocamento, o Tucunduba entregamos para governadora. Pegamos esta cidade falida, e arrumamos a casa", justificou.

Mas foi da sua ex-aliada, Valéria Pires Franco (DEM), a maior parte dos ataques. "O senhor nos traiu, traiu a população, que mais precisava do seu apoio. A saúde hoje está um caos, o teto do Pronto Socorro está desabando na cabeça dos pacientes, o senhor teve oportunidade e recursos para fazer e não fez por incompetência", disparou Valéria.

A mudança de opinião sobre o atual gestor serviu de munição aos adversários contra a candidata democrata, que também está à frente nas pesquisas, e foi muito criticada, principalmente por sua atuação na área de saúde. Principalmente pelo candidato do PMDB, José Priante, que em todas as perguntas ou respostas fez críticas à adversária. "A senhora comandou a saúde neste Estado, foi vice-governadora e nada fez. Sua gestão foi cheia de escândalos. Nenhum dos dois (nem Duciomar e nem Valéria) tem moral para falar de saúde, porque não aplicaram recursos", afirmou.

Ele por sua vez, por duas vezes, teve seus projetos de criação da secretaria municipal de segurança pública e de ronda nos bairros, ridicularizados pelo candidato João Moraes (PSL). "Candidato o senhor me desculpe, mas isso não vai dar certo, não vai resolver. O dinheiro que o senhor vai gastar com carros, telefones, deveria ir para prevenção, para resgate dos valores de família", afirmou Moraes, que também acusou o petista Mário Cardoso de ter copiado sua proposta de criação das sub-prefeituras nos bairros.

Os candidatos Marinor Brito (PSOL) e Mário Cardoso (PT) também brigaram pela paternidade das obras feitas pelo ex-prefeito Edmilson Rodrigues que por oito anos esteve no Poder pelo PT e depois se aninhou nas fileiras do PSOL. "O PT que acreditávamos não existe mais", disparou a ex-petista.

Mário destacou também que apesar dos demais candidatos bravarem que são aliados do presidente Lula, somente ele tem o apoio do presidente. "Muita gente fica querendo usar a imagem do Lula porque sabe que ele governa direito, que o PT governa direito", afirmou.

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