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05/09/2008 - 18h52

TV Liberal não precisa entrevistar Marinor Brito

Da Redação
Foi concedida pelo ministro Arnaldo Versiani, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), medida cautelar para suspender decisão do TRE-PA (Tribunal Regional do Pará) que obrigou uma emissora de televisão a incluir candidata a prefeita em debates, entrevistas e cobertura jornalística nas mesmas condições dos demais candidatos.

A TV Liberal recorreu ao TSE depois da imposição do TRE que atendeu pedido da candidata a prefeita de Belém pelo PSOL, Marinor Brito. Ela se sentiu prejudicada porque a TV decidiu exibir reportagens sobre as eleições municipais, nas quais seriam entrevistados apenas os candidatos que tivessem ao menos 5% nas pesquisas eleitorais, conforme informações do Ibope/TV Liberal.

  • Divulgação

    A candidata Marinor Brito, do PSOL, recorreu ao TRE para ser entrevistada pela TV Liberal

Também seriam entrevistados os candidatos de partidos que ocupem atualmente bancada na Câmara dos Deputados igual ou superior a cinco deputados, o que não é o caso da candidata.

O TRE entendeu que "não encontra parâmetro razoável querer excluir das entrevistas, debates e cobertura diárias do pleito os candidatos com menor intenção de voto".

Decisão



O ministro Arnaldo Versiani, no entanto, afirmou em sua decisão que não há previsão legal que determine em relação às entrevistas que deve ser obedecida as mesmas regras e condições aos demais candidatos. "Não cabe à Justiça Eleitoral impor às emissoras de televisão, ou a qualquer outro veículo de comunicação, a obrigação de entrevistar esta ou aquela pessoa", disse.

Lembrou que a regra do artigo 45, inciso IV, da Lei das Eleições (9054/97) não assegura idêntico espaço para todos os candidatos na mídia, mas sim tempo proporcional à participação de cada um no cenário político.

"À imprensa compete noticiar o que acontece e é de interesse da sociedade. Daí porque considero perfeitamente admissível e coerente que se dedique maior espaço para candidatos que disputam os primeiros lugares na preferência popular ou para os fatos que são de maior interesse para o público em geral", afirmou o ministro.

Ainda de acordo com a decisão, nenhum candidato deve ser excluído da cobertura feita pelos veículos de comunicação, mas deve aparecer "conforme o espaço que realmente ocupa no processo eleitoral, nem mais, nem menos".

Com essas considerações o ministro Versiani disse que não há, no caso, tratamento privilegiado para qualquer candidato ou grupo de candidatos. Concedeu, portanto, o pedido da TV Liberal para suspender a decisão até o julgamento da questão pelo Plenário do TSE.

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