O ex-deputado federal José Priante (PMDB), candidato a prefeito em Belém, capital do Pará, foi condenado pela Justiça Eleitoral na quinta-feira (19) por propaganda antecipada. Ele foi a emissoras locais de televisão para enfatizar sua trajetória política. A declaração rendeu a Priante multa de R$ 21.282, mesmo valor que deverá ser pago pelo PMDB.

Na sentença, a juíza Eva do Amaral Coelho, da 96ª Zona Eleitoral, declarou que "não existe dúvida que no programa político do PMDB o representado José Priante aproveitou o espaço que lhe foi concedido pelo partido para fazer propaganda eleitoral antecipada e ilegal".

Não é a primeira vez que Priante responde à Justiça Eleitoral. O ex-deputado já foi condenado no início deste ano pela prática de propaganda eleitoral "extemporânea", por ter se declarado candidato a prefeito de Belém e deixado explícita a aliança entre o PMDB e o PT.

O PMDB reagiu à condenação de propaganda fora de época. O partido argumentou que a veiculação não pedia votos para o político. Já Priante, em resposta, afirmou que a propaganda era responsabilidade do partido e que as imagens e textos divulgados teriam o objetivo de atrair filiados para a sigla.

Multas recordes

Casos como o do candidato José Priante fizeram disparar a arrecadação do Fundo Partidário - conta que ajuda a financiar os partidos políticos - com multas por crimes eleitorais. Segundo balanço do TSE, nos quatro primeiros meses deste ano foram pagos R$ 9,8 milhões, valor que supera os R$ 8,8 milhões recolhidos em todo o ano de 2004, nas últimas eleições municipais.

Nesse ritmo, o TSE prevê arrecadar 48,8 milhões até dezembro, o que representará aumento de quase R$ 40 milhões na comparação a 2004.

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