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27/10/2008 - 08h00

Base de apoio a Lula vai governar 72% do eleitorado brasileiro

Maurício Reimberg
Em São Paulo

Você acredita que o Brasil tende a ganhar com a base aliada de Lula governando a maior parte do país?

A base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai governar 93,5 milhões de eleitores nos municípios em todo o país. A fatia representa 72,5% do eleitorado brasileiro. A oposição ficou com 35,4 milhões de pessoas. Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), 128,9 milhões estavam aptos a votar no pleito deste ano.

A base de apoio a Lula no Congresso Nacional reúne uma legião de 16 partidos. São: PT, PMDB, PSB, PDT, PC do B, PRB, PR, PP, PTB, PV, PSC, PMN, PHS, PT do B, PTC e PRTB. A oposição é formada por PSDB, DEM, PPS e PSOL, que faz uma crítica de "esquerda" ao governo.

  • Arte UOL

    O PMDB 'puxa' a base e irá governar 28,8 milhões de eleitores no país

O bom desempenho da base governista foi "puxado", sobretudo, por PMDB e PT, os dois primeiros colocados no ranking. Juntas, as duas siglas ficaram com 48,8 milhões de eleitores - PMDB com 28,8 milhões e o PT, 19,9 milhões. Em terceiro lugar aparece o PSDB, que se consolida como a principal força da oposição, com 17,5 milhões de eleitores. O DEM vem a seguir: 15,9 milhões.

2º turno

A base aliada a Lula vai comandar 20 das 26 capitais brasileiras. O PMDB é o grande vencedor nas principais metrópoles no segundo turno. O partido conquistou quatro delas neste domingo (26): Rio de Janeiro, Salvador, Porto Alegre e Florianópolis. No primeiro turno, a legenda já tinha vencido em Goiânia e Campo Grande. Com o resultado, o PMDB se tornou, ao lado do PT, o partido que mais elegeu prefeitos em capitais nestas eleições - seis cada um. Os petistas venceram em Recife, Fortaleza, Vitória, Rio Branco, Porto Velho e Palmas.
  • Arte UOL

    Acesse aqui o desempenho dos partidos nas capitais brasileiras


Os peemedebistas estiveram presentes em 12 disputas. O PT foi o partido com mais candidatos. Foram 15 concorrentes - 50% das cidades com segundo turno. Os petistas alcançaram oito vitórias, porém, nenhuma delas em capitais. O PSDB esteve em 10 pleitos. Ao todo, 31 municípios, entre eles 11 capitais, definiram o seu próximo prefeito neste domingo.

Na disputa mais acirrada destas eleições, o PMDB se consagrou no Rio de Janeiro. A sigla, que já administra o governo estadual com Sérgio Cabral, viu Eduardo Paes (PMDB) travar uma disputa voto a voto com Fernando Gabeira (PV). Paes teve 1.696.195 votos (50,83% dos votos válidos), contra 1.640.979 (49,17%) de Gabeira. Ele explorou a "proximidade" com o presidente Lula e teve o apoio do PT. Quando ainda era filiado ao PSDB, o candidato chegou a chamar Lula de "chefe da quadrilha" do "mensalão".

Boa Vista (RR)Iradilson Sampaio (PSB)
Rio Branco (AC)Raimundo Angelim (PT)
Porto Velho (RO)Roberto Sobrinho (PT)
Belém (PA)Duciomar Costa (PTB)
Cuiabá (MT)Wilson Santos (PSDB)
Campo Grande (MS)Nelsinho Trad (PMDB)
Porto Alegre (RS)José Fogaça (PMDB)
Florianópolis (SC)Dário Berger (PMDB)
Curitiba (PR)Beto Richa (PSDB)
São Paulo (SP)Gilberto Kassab (DEM)
Goiânia (GO)Iris Rezende (PMDB)
Palmas (TO)Raul Filho (PT)
Teresina (PI)Silvio Mendes (PSDB)
Salvador (BA)João Henrique Carneiro (PMDB)
Fortaleza (CE)Luizinane Lins (PT)
João Pessoa (PB)Ricardo Coutinho (PSB)
Maceió (AL)Cícero Almeida (PP)
Aracaju (SE)Edvaldo Nogueira (PC do B)
Vitória (ES)Joao Coser (PT)
MunicípioPrefeito reeleito
Na capital baiana, o prefeito João Henrique Carneiro (PMDB), apoiado pelo ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) derrotou o deputado federal Walter Pinheiro (PT). O peemedebista é o segundo prefeito a permanecer no cargo por dois mandatos consecutivos - o primeiro foi o tucano Antonio Imbassahy (1997-2004), que também disputou as eleições deste ano.

Em Porto Alegre, a reeleição de José Fogaça (PMDB) quebrou um tabu. Desde 1924 que um mesmo prefeito não era escolhido para continuar a administração da cidade, caracterizada pelo tom oposicionista do eleitorado. Fogaça bateu Maria do Rosário, que buscava reconduzir o PT à prefeitura da capital gaúcha, que foi governada pela sigla durante quatro gestões consecutivas, de 1989 a 2004.

Já em Florianópolis, o prefeito Dário Berger emplacou o seu quarto mandato consecutivo. Ele foi prefeito de São José, na região metropolitana, por oito anos (1997-2003). Berger obteve 57% dos votos válidos e superou o ex-governador e ex-prefeito Esperidião Amin (PP), que teve 42%.

Apesar do fraco desempenho do DEM nas principais metrópoles - São Paulo é a única capital onde o ex-PFL obteve sucesso - a sigla conseguiu levar a "jóia da coroa" nesta disputa. Gilberto Kassab (DEM) venceu Marta Suplicy (PT) por 61% a 39% dos votos válidos. Com a inédita vitória em São Paulo, o DEM vai administrar um orçamento de R$ 29,4 bilhões (previsão para 2009) e uma metrópole de 11 milhões de habitantes.

Depois de liderar as pesquisas desde o início da campanha, o atual prefeito de Cuiabá, o tucano Wilson Santos, se reelegeu na disputa do segundo turno, derrotando Mauro Mendes (PR), aliado ao governador do Mato Grosso, Blairo Maggi (PR).

Em São Luís, depois de cinco derrotas consecutivas nas urnas, João Castelo (PSDB) conseguiu chegar, neste segundo turno, a um cargo executivo por voto popular. Governador do Maranhão (1979-1982) indicado pelo regime militar, já havia se candidato três vezes para prefeito, uma ao governo do Estado e outra para o Senado. Ele derrotou Flávio Dino (PC do B).

Belo Horizonte foi um caso à parte. Fruto da polêmica dobradinha delineada pelo governador Aécio Neves (PSDB) e pelo prefeito Fernando Pimentel (PT), o empresário Marcio Lacerda (PSB) saiu do anonimato político para comandar uma das capitais mais importantes do país. Ele obteve 59% dos votos válidos contra 40% de Leonardo Quintão (PMDB).

Na região Norte, a oposição ao governo Lula não obteve sucesso neste segundo turno. Em Manaus, o ex-governador Amazonino Mendes (PTB) foi eleito com 57% dos votos válidos. Em Belém, o candidato Duciomar Costa (PTB) chegou à reeleição após superar José Priante (PMDB). Já em Macapá, Roberto Góes (PDT) reverteu a vantagem de Camilo Capiberibe (PSB) e reforçou o prestígio político da família Góes no Estado.

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