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26/10/2008 - 21h57

PMDB é o principal vencedor das capitais no 2º turno

Maurício Reimberg
Em São Paulo
O PMDB é o grande vencedor das capitais brasileiras neste segundo turno. O partido conquistou quatro "vitrines políticas" neste domingo (26): Rio de Janeiro, Salvador, Porto Alegre e Florianópolis. No primeiro turno, o partido já tinha vencido em Goiânia e Campo Grande.

Os peemedebistas estiveram presentes em 12 disputas. O PT foi o partido com mais candidatos, com 15 concorrentes - 50% das cidades com segundo turno. Os petistas alcançaram oito vitórias, porém, nenhum delas em capitais. O PSDB esteve em 10 pleitos. Ao todo, 30 municípios, entre eles 11 capitais, definiram o seu próximo prefeito neste domingo.
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    Entre as 77 cidades com mais de 200 mil eleitores, o PT é o partido que mais conquistou prefeituras



Entre os 77 municípios com mais de 200 mil eleitores, o PT é o partido que mais fez prefeituras Ao todo, o partido conquistou 20 cidades nessa faixa populacional. O PMDB levou 17. Entre os grandes partidos, o DEM foi o que obteve o desempenho mais fraco. O partido conquistou apenas cinco cidades. Além de São Paulo, considerada a "jóia da coroa", a sigla levou Blumenau (SC), Feira de Santana (BA), Mogi das Cruzes (SP) e Ribeirão Preto (SP). O PSDB ficou com 13 prefeituras.

PMDB no 2º turno

Na disputa mais acirrada destas eleições, o PMDB se consagrou no Rio de Janeiro. A sigla, que já administra o governo estadual com Sérgio Cabral, viu Eduardo Paes (PMDB) travar uma disputa voto a voto com Fernando Gabeira (PV). Paes teve 1.696.195 votos (50,83% dos votos válidos), contra 1.640.979 (49,17%) de Gabeira. Ele explorou a "proximidade" com o presidente Lula e teve o apoio do PT. Quando ainda era filiado ao PSDB, o candidato chegou a chamar Lula de "chefe da quadrilha" do "mensalão".

Na capital baiana, o prefeito João Henrique Carneiro (PMDB), apoiado pelo ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) derrotou o deputado federal Walter Pinheiro (PT). O peemedebista é o segundo prefeito a permanecer no cargo por dois mandatos consecutivos - o primeiro foi o tucano Antonio Imbassahy (1997-2004), que também disputou as eleições deste ano.
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    O PMDB irá governar 28,8 milhões de eleitores em todo o país


Em Porto Alegre, a reeleição de José Fogaça (PMDB) quebrou um tabu. Desde 1924 que um mesmo prefeito não era escolhido para continuar a administração da cidade, caracterizada pelo tom oposicionista do eleitorado. Fogaça bateu Maria do Rosário, que buscava reconduzir o PT à prefeitura da capital gaúcha, governada pela sigla durante quatro gestões consecutivas, de 1989 a 2004.

Já em Florianópolis, o prefeito Dário Berger emplacou o seu quarto mandato consecutivo. Ele foi prefeito de São José, na região metropolitana, por oito anos (1997-2003). Berger obteve 57% dos votos válidos e superou o ex-governador e ex-prefeito Esperidião Amin (PP), que teve 42%.

2º turno sem PT

Apesar do fraco desempenho do DEM nas principais metrópoles - São Paulo é a única capital onde o ex-PFL obteve sucesso - a sigla conseguiu levar a "jóia da coroa" nesta disputa. Gilberto Kassab (DEM) venceu Marta Suplicy (PT) por 61% a 39% dos votos válidos. Com a inédita vitória em São Paulo, o DEM vai administrar um orçamento de R$ 29,4 bilhões (previsão para 2009) e uma metrópole de 11 milhões de habitantes.

Análise: PMDB sai fortalecido


    Depois de liderar as pesquisas desde o início da campanha, o atual prefeito de Cuiabá, o tucano Wilson Santos, se reelegeu na disputa do segundo turno, derrotando Mauro Mendes (PR), aliado ao governador do Mato Grosso, Blairo Maggi (PR).

    Em São Luís, depois de cinco derrotas consecutivas nas urnas, João Castelo (PSDB) conseguiu chegar, neste segundo turno, a um cargo executivo por voto popular. Governador do Maranhão (1979-1982) indicado pelo regime militar, já havia se candidato três vezes para prefeito, uma ao governo do Estado e outra para o Senado. Ele derrotou Flávio Dino (PC do B).

    Belo Horizonte foi um caso à parte. Fruto da polêmica dobradinha delineada pelo governador Aécio Neves (PSDB) e pelo prefeito Fernando Pimentel (PT), o empresário Marcio Lacerda (PSB) saiu do anonimato político para comandar uma das capitais mais importantes do país. Ele obteve 59% dos votos válidos contra 40% de Leonardo Quintão (PMDB).

    Na região Norte, a oposição ao governo Lula não obteve sucesso neste segundo turno. Em Manaus, o ex-governador Amazonino Mendes (PTB) foi eleito com 57% dos votos válidos. Em Belém, o prefeito Duciomar Costa (PTB) chegou à reeleição após superar José Priante (PMDB). Já em Macapá, Roberto Góes (PDT) reverteu a vantagem de Camilo Capiberibe (PSB) e reforçou o prestígio político da família Góes no Estado.

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