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26/10/2008 - 16h17

Sarney diz que defenderá apoio do PMDB ao presidente Lula em 2010

Alex Rodrigues
Da Agência Brasil
Em Macapá (AP)
Convicto de que seu partido sairá fortalecido das eleições municipais, o senador José Sarney (PMDB-AP) disse hoje (26) que irá defender que o PMDB mantenha a aliança com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na eleição presidencial de 2010. "Defendo a continuidade da aliança com o presidente Lula. Defendo uma aliança para marcharmos juntos para a futura eleição para presidente da República", afirmou, sem mencionar nomes.

Um senador de dois estados, como pode ser definido devido à influência política que detém há décadas no Maranhão e há cerca de 20 anos no Amapá, Sarney votou por volta das 10h30 (11h30 pelo horário de Brasília) na Escola Integrada de Macapá, onde reafirmou seu apoio ao candidato Roberto Góes (PDT).

Depois, ele reuniu-se com assessores e correligionários antes de viajar para São Luís (MA), onde disse ter "simpatia" pela candidatura de Flávio Dino (PCdoB), a quem garante não ter apoiado.

Sarney classificou a disputa pela prefeitura de Macapá como "apertada", reconhecendo as pesquisas que indicam o empate técnico entre Roberto Góes e Camilo Capiberibe (PSB). Para ele, no entanto, a pesquisa divulgada ontem (25) pelo Ibope favorece seu candidato, que antes aparecia em segundo lugar. "Em duas semanas, Góes recuperou 8% dos votos [válidos], enquanto o outro candidato [Capiberibe] perdeu 9%. A diferença que existia foi superada e Góes vem em uma linha ascendente", afirmou Sarney.

Já sobre a disputa na capital maranhense, Sarney disse não ter apoiado a nenhum dos candidatos, estratégia adotada por ele e sua família já no primeiro turno. "Vários candidatos [coligados ao PMDB em nível nacional] concorreram à prefeitura. Isso nos inibiu de fazermos escolhas, pois se a fízéssemos estaríamos discriminando pessoas de nossa coligação", comentou o senador.

"Agora, no segundo turno, embora tenhamos uma certa simpatia pelo candidato do PCdoB [Flávio Dino], não participamos da campanha. Não nos empenhamos e nem manifestamos explicitamente o nosso apoio. Estamos apenas acompanhando de longe o resultado da eleição", explicou.

Para Sarney, o PMDB sairá fortalecido destas eleições, demonstrando sua representatividade por todo o país. "Fomos o partido que obteve o melhor resultado, tendo recebido 18 milhões de votos. Fizemos 1.351 prefeitos e estamos disputando o segundo turno em sete capitais e esperamos eleger a maioria deles", disse o senador.

Perguntado sobre o mau desempenho dos pemedebistas nas capitais dos dois estados onde exerce forte influência política, Sarney relativizou os resultados, alegando que é preciso considerar o desempenho de candidatos dos partidos com os quais o PMDB mantém alianças.

"Somos um grupo de vários partidos. O PMDB não faz a política de um só partido, mas sim a de alianças, de coligações. Dessa forma, elegemos 97 prefeitos. Só o PV elegeu 19 prefeitos no Maranhão, onde teve seu melhor desempenho. Portanto, os resultados foram excelentes [também para o PMDB]", comentou.

Apesar de ter sido o partido que mais venceu nas capitais, em São Luís, no primeiro turno, o candidato pemedebista Gastão Vieira - a quem a família Sarney não apoiou explicitamente - ficou em quarto lugar. Neste segundo turno, Flávio Dino, por quem Sarney diz ter "simpatia", aparece em segundo lugar na pesquisa Ibope, atrás de João Castelo (PSDB).

Em Macapá, a deputada federal Fátima Pelaes (PMDB) terminou o primeiro turno em sexto lugar, com apenas 4,66% dos votos válidos.

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