Roberto Góes (PDT) reverteu a vantagem de Camilo Capiberibe (PSB) e venceu o segundo turno das eleições em Macapá. A vitória reforça o prestígio político da família Góes no Amapá. Seu primo, Waldéz Góes, é o governador do Estado.
O prefeito eleito de Macapá tem 42 anos e é estudante de administração. Em 1992, foi eleito vereador. Dois anos depois, se elegeu deputado estadual, sendo reeleito em 1998, 2002 e 2006. A vitória de Roberto contrariou a tendência apontada pelas recentes pesquisas realizadas pelo Ibope, que colocavam Camilo Capiberibe com 17 pontos de vantagem.
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eleição em Macapá?
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Roberto Góes (PDT), prefeito eleito de Macapá, é primo de Waldez Góes (PDT), atual governador do Estado
Pela primeira vez a eleição à Prefeitura de Macapá é decidida no segundo turno. Em 2004, a cidade tinha apenas 193 mil eleitores, o que segundo a legislação eleitoral impede que haja realização de segundo turno. Atualmente, Macapá possui uma população de 344 mil habitantes e 219 mil eleitores.
Roberto Góes liderou as pesquisas de intenção de voto durante boa parte do
primeiro turno, mas quase não conseguiu chegar à próxima etapa. Camilo Capiberibe ficou em primeiro com 33,07% dos votos. Roberto ficou em segundo, com 26,53% dos votos, e quase foi superado pelo terceiro colocado, o petebista Lucas Barreto, que obteve 25,19%.
ROBERTO GÓES
- Partido: PDT
- Idade: 42
- Profissão: Empresário
- Naturalidade: Porto Grande - AP
- Patrimônio: R$ 398,3 mil
Góes teve o amplo apoio de seu primo, Waldez Góes. O empenho do governador causou polêmica e a Justiça Eleitoral teve de intervir. Os programas sociais promovidos pelo Estado chegaram a ser suspensos porque o juiz eleitoral Marconi Pimenta entendeu que eles estariam sendo utilizados com "fins eleitoreiros" para beneficiar Roberto.
A costura de alianças movimentou o cenário político em Macapá. Os partidos de "esquerda" se dividiram. O PT do atual prefeito João Henrique e o PPS oficializaram apoio a Camilo, enquanto o PC do B se aliou à candidatura de Roberto Góes. Apesar dessa movimentação, o apoio mais esperado, do candidato Lucas Barreto (PTB), não veio. Ele optou pela "neutralidade" e não se aliou a nenhum candidato.