26/10/2008 - 19h32
Depois de cinco derrotas consecutivas nas urnas, João Castelo (PSDB) conseguiu chegar, neste segundo turno, a um cargo executivo por voto popular ao eleger-se prefeito de São Luís.
João Castelo, 71, governador do Maranhão (1979-1982) indicado pelo regime militar, já havia se candidato três vezes para prefeito, uma ao governo do Estado e outra para o Senado. É formado em direito pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília (CEUB). Foi deputado federal por duas legislaturas e senador em outra.
Para ser eleito, Castelo teve que enfrentar uma enxurrada de críticas dos adversários, que se uniram no bombardeio ao prefeito eleito.
Entre as acusações estavam a de ter mandado reprimir violentamente, quando era governador, uma maninfestação estudantil que revindicava a meia-passagem nos ônibus de São Luis. Outras críticas apontavam prática de nepotismo quando administrou o Porto de Itaqui, até o ano passado.
Castelo também teve que responder pela gestão da esposa, Gardênia Ribeiro Gonçalves, que, quando prefeita da capital maranhense, na década de 1980, demitiu 15 mil servidores públicos municipais.
Com Duda Mendonça à frente do marketing da campanha, Castelo quebrou série de derrotas nas urnas |
Para enfrentar o bombardeio, contratou o marqueteiro Duda Mendonça, o mesmo que comandou a eleição do presidente Lula, em 2002.
"O presidente Lula é um homem que faz pelo povo, como eu. Por isso, tenho certeza que ele vai me ajudar a fazer uma excelente gestão na prefeitura de São Luís", disse Castelo, repetindo o mantra do segundo turno para derrotar seu adversário, Flávio Dino (PCdoB), que usou o quanto pôde o apoio do presidente na propaganda eleitoral.
Apesar de eleito, João Castelo terá que confirmar na Justiça o mandato. O Tribunal Superior Eleitoral julgará, ainda sem data marcada, a possível inegibilidade do tucano por não ter pago multa de R$ 22 mil, imposta pela Justiça Eleitoral local por campanha fora de época, nas eleições de 2006.