Jairo Jorge (PT) é o novo prefeito de Canoas, levando o partido a dirigir uma das cidades mais importantes da região metropolitana de Porto Alegre pela primeira vez na sua história.
Jorge, que obteve 98.736 votos ao final da apuração e que havia vencido o primeiro turno com 46,5% dos votos válidos, bateu na disputa o petebista Jurandir Maciel, que liderou a campanha durante quase toda a disputa e que acabou a eleição com 88.851 votos. Ele terá como vice a professora Beth Colombo (PP).
O que você achou da vitória do PT?
O novo prefeito conseguiu articular as principais forças políticas da cidade na coligação "Bloco de Oposição Municipal", que reuniu PT, PPS, PP, PR, PSB e PC do B. Além disso, pesou a favor de sua candidatura o apoio do PDT no segundo turno da votação. O partido havia ficado em terceiro lugar na eleição municipal como vice na chapa liderada pelo PMDB. Militantes do PMDB e do PTB também engrossaram a campanha do petista à prefeitura.
Com carreira construída na própria cidade, Jorge já havia sido o vereador mais votado de Canoas nas eleições de 1989. Em 1985 disputou a prefeitura pela primeira vez, tendo ficado em terceiro lugar. Jorge também foi ministro interino da Educação em 2004, na gestão de Tarso Genro (PT), e exerceu cargo de pró-reitor institucional em uma universidade particular.
Como você viu a vitória de Fetter Júnior?
Jurandir Maciel, que obteve 37,4% dos votos válidos no primeiro turno, era tido como um candidato imbatível. Vice-prefeito e secretário da Saúde, ele renunciou aos cargos no final do ano passado para poder concorrer - o prefeito Marcos Ronchetti (PSDB) optou pelo vereador Nedy de Vargas Marques (PMDB) como candidato oficial. Mas uma campanha sem brilho e com poucas propostas tiraram Jurandir da posição de destaque.
JAIRO JORGE
- Partido: PT
- Idade: 45
- Profissão: Jornalista
- Naturalidade: Canoas - RS
- Patrimônio: R$ 100,1 mil
Nenhum dos dois candidatos quis apoio de Ronchetti no segundo turno. A administração do tucano, em segundo mandato, foi envolvida em denúncias de corrupção com recursos da merenda escolar e da coleta de lixo em operação desencadeada pelo Ministério Público Federal. A ação foi batizada de "Operação Solidária", em alusão ao slogan da administração de Ronchetti.