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24/10/2008 - 13h25
Priante e Duciomar fazem debate inusitado em frente a hospital municipal
Irna Cavalcante
Especial para o UOL
Em Belém
Especial para o UOL
Em Belém
Os ânimos estão cada vez mais acirrados na disputa eleitoral de Belém. Na manhã desta quinta-feira (23) os candidatos à Prefeitura de Belém, Duciomar Costa (PTB) e José Priante (PMDB) se encontraram no Pronto-Socorro Municipal da 14 de Março, no bairro do Umarizal. A visita foi marcada durante o debate político realizado na noite desta quinta no SBT e serviu de tira-teima para guerra de números entre os candidatos. Se por um lado Duciomar alardeava que o hospital teria 150 leitos, Priante dizia que não passavam de 35. Após discussão entre os dois, Duciomar saiu rapidamente e foi xingado por curiosos que se aproximaram do local.
Para o representante da coligação "União por Belém", Duciomar Costa, a atitude do candidato José Priante foi para tentar desestabilizar a campanha. "Eles pegaram o projeto inicial do Pronto Socorro que era de 31 leitos e colocaram isso como verdade. Mas nós aumentamos o projeto para 150 leitos para a melhoria da população. Nós estamos trabalhando com seriedade e fazendo o melhor para a saúde dos belenenses. Esta é a primeira fase do projeto e iremos continuar com a obra para que o prédio anexo seja entregue o mais breve possível", disse Duciomar Costa.
O candidato José Priante, da coligação "Melhor pra Belém", chegou alguns minutos depois com o engenheiro Ismael Miranda, assistente da arquiteta Marilete Carvalho, responsável pelo projeto. Para a imprensa ele apresentou a planta da obra registrada no CREA-PA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Pará). "Esta é a verdade. São apenas 30 leitos em construção. Portanto, 100 a menos do que o candidato afirma ser", ressaltou.
Em resposta, ouviu de Duciomar que a postura refletia a aflição e agressividade do candidato, já que a prefeitura ampliou e melhorou a saúde no município. "Saúde é coisa séria. Mas o desejo do Priante é que a cidade não caminhe para frente. Estamos construindo Belém de uma forma positiva. A Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb) está à disposição de todos para quem quiser falar sobre o Pronto Socorro. A João Paulo II e a 1º de Dezembro, por exemplo, estão todas asfaltadas", contou o prefeito de Belém.
Após a declaração, Duciomar seguiu para o carro que o aguardava em frente ao Pronto Socorro e não entrou no prédio para mostrar o andamento da obra. Por conta disso, ouviu gritos de populares que acompanhavam a discussão: "Não foge, bandido".
A deixa foi suficiente para que Priante e vários aliados da coligação tripudiassem do atual gestor diante da imprensa. "Ele não mostrou como estão as obras do Pronto Socorro porque é tudo mentira. Quero que ele prove que vai conseguir construir 150 leitos. Se perguntar para o Duciomar quanto é 5x6 é capaz que ele diga que são 150. Como ele vai modificar um projeto em que o alicerce já foi feito?", indagou o candidato.
Após a confusão, o diretor geral do Pronto Socorro da 14 de Março, José Magalhães, disse que a obra é isolada do hospital e que não entendeu o motivo pelo qual o candidato à prefeitura, José Priante, quis entrar no Pronto Socorro. De acordo com ele, como o funcionamento do hospital não pode ser interrompido, as obras estão sendo feitas na medida do possível.
"O projeto inicial de 31 leitos é de 2002 e ainda não foi concluído. Agora estamos ampliando o hospital. Inclusive, a última laje já está sendo feita. O Ministério da Saúde fez um convênio com a prefeitura para ampliar as instalações", justificou.
Ele contou ainda que a imprensa foi impedida de entrar no hospital para não expor os pacientes, caso os fotógrafos e cinegrafistas quisessem capturar imagens dos doentes. "Filmar sem permissão é crime. Os pacientes do hospital ficaram assustados com as ameaças de invasão", completou.
O debate inusitado na rua atraiu a curiosidade de populares, mas também dividiu a opinião dos funcionários do hospital. Para a enfermeira Ilza Lourenço, a gestão de Duciomar é excelente. "Antes rato brincava de 'pira' aqui dentro", informou. Já o ex-presidente do Sindicato dos Médicos, Waldir Cardoso, informou que a história de que o Duciomar irá construir 150 leitos é mentirosa, já que o prédio não comporta tudo isso. "É só pra enganar a população", ressaltou.
O candidato José Priante, da coligação "Melhor pra Belém", chegou alguns minutos depois com o engenheiro Ismael Miranda, assistente da arquiteta Marilete Carvalho, responsável pelo projeto. Para a imprensa ele apresentou a planta da obra registrada no CREA-PA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Pará). "Esta é a verdade. São apenas 30 leitos em construção. Portanto, 100 a menos do que o candidato afirma ser", ressaltou.
Em resposta, ouviu de Duciomar que a postura refletia a aflição e agressividade do candidato, já que a prefeitura ampliou e melhorou a saúde no município. "Saúde é coisa séria. Mas o desejo do Priante é que a cidade não caminhe para frente. Estamos construindo Belém de uma forma positiva. A Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb) está à disposição de todos para quem quiser falar sobre o Pronto Socorro. A João Paulo II e a 1º de Dezembro, por exemplo, estão todas asfaltadas", contou o prefeito de Belém.
Após a declaração, Duciomar seguiu para o carro que o aguardava em frente ao Pronto Socorro e não entrou no prédio para mostrar o andamento da obra. Por conta disso, ouviu gritos de populares que acompanhavam a discussão: "Não foge, bandido".
A deixa foi suficiente para que Priante e vários aliados da coligação tripudiassem do atual gestor diante da imprensa. "Ele não mostrou como estão as obras do Pronto Socorro porque é tudo mentira. Quero que ele prove que vai conseguir construir 150 leitos. Se perguntar para o Duciomar quanto é 5x6 é capaz que ele diga que são 150. Como ele vai modificar um projeto em que o alicerce já foi feito?", indagou o candidato.
Após a confusão, o diretor geral do Pronto Socorro da 14 de Março, José Magalhães, disse que a obra é isolada do hospital e que não entendeu o motivo pelo qual o candidato à prefeitura, José Priante, quis entrar no Pronto Socorro. De acordo com ele, como o funcionamento do hospital não pode ser interrompido, as obras estão sendo feitas na medida do possível.
"O projeto inicial de 31 leitos é de 2002 e ainda não foi concluído. Agora estamos ampliando o hospital. Inclusive, a última laje já está sendo feita. O Ministério da Saúde fez um convênio com a prefeitura para ampliar as instalações", justificou.
Ele contou ainda que a imprensa foi impedida de entrar no hospital para não expor os pacientes, caso os fotógrafos e cinegrafistas quisessem capturar imagens dos doentes. "Filmar sem permissão é crime. Os pacientes do hospital ficaram assustados com as ameaças de invasão", completou.
O debate inusitado na rua atraiu a curiosidade de populares, mas também dividiu a opinião dos funcionários do hospital. Para a enfermeira Ilza Lourenço, a gestão de Duciomar é excelente. "Antes rato brincava de 'pira' aqui dentro", informou. Já o ex-presidente do Sindicato dos Médicos, Waldir Cardoso, informou que a história de que o Duciomar irá construir 150 leitos é mentirosa, já que o prédio não comporta tudo isso. "É só pra enganar a população", ressaltou.
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