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22/10/2008 - 10h18

Vice de Paes, Muniz atua na coordenação de campanhas

Carlos Alberto Muniz concorreu apenas uma vez a um cargo eletivo, mas pode tornar-se vice-prefeito do Rio de Janeiro se as urnas favorecerem Eduardo Paes (PMDB), no próximo domingo.

"Não vou ser um vice para substituir o prefeito em eventos ou durante as viagens. Pretendo ajudar na administração do município e seguirei o modelo de ajudar o administrador da cidade", revela Muniz, que é secretário-adjunto do Diretório Regional do PMDB e diz inspirar-se no exemplo do vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Economista, com doutorado em administração na França, e 64 anos, Muniz não conseguiu se eleger deputado estadual em 1990, mas obteve vitórias políticas como coordenador da campanha de Moreira Franco (PMDB) ao Governo do Estado, em 1986, e da primeira campanha de Cesar Maia (DEM) à Prefeitura, em 1992.

A quatro dias da decisão do segundo turno, o candidato a vice-prefeito de Paes mantém seu histórico de atuação nos bastidores da campanha e permanece desconhecido do eleitorado. O único ato público expressivo de que participou foi a Parada Gay de Copacabana, em 12 de outubro, na qual Paes preferiu não aparecer. Muniz foi, então, enviado para representá-lo no evento e assinar uma carta-compromisso contra a homofobia e pela promoção da cidadania LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais).

"O Eduardo Paes não pôde comparecer, mas mandou esta carta para provar que ele vai cumprir o que está prometendo em relação ao combate à homofobia", declarou, na ocasião, em cima de um carro de som, onde seguia acompanhado do governador Sérgio Cabral e do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.

Biografia de Muniz o aproxima do candidato do PV



Muniz foi presidente de grêmio estudantil e da União Estadual de Estudantes. O engajamento na luta armada contra a Ditadura, aproxima a trajetória do vice de Paes a seu adversário direto neste segundo turno, Fernando Gabeira (PV). Como Gabeira, Muniz teve que deixar o país após o seqüestro do embaixador americano Charles Elbrick.

Durante o exílio no Chile, integrou a seção expatriada da direção-geral do MR-8. Definido como "uma organização política marxista-leninista, cuja finalidade é contribuir para a criação do partido revolucionário do proletariado no Brasil, que assuma a vanguarda da luta da classe operária e da massa explorada, pela derrubada do poder burguês, pela supressão da propriedade privada dos meios de produção", o MR-8 teve seus estatutos assinados por Muniz. Procurado, contudo, pelo UOL Eleições, o candidato a vice não quis emitir declarações a respeito.

Casado, pai de dois filhos, nascidos no Chile e na França, durante o exílio, Muniz foi presidente da Fundação Estadual de Engenharia de Meio Ambiente (Feema) e da Superintendência Estadual de Rios e Lagoas (Serla). Hoje, atua com planejamento e consultoria em gestão para empresas privadas.

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