O candidato Marcio Lacerda (PSB) vai processar o adversário deste segundo turno em Belo Horizonte, Leonardo Quintão (PMDB), por causa de declaração do peemedebista na qual ele havia questionado a prisão de Lacerda durante a ditadura militar.
Quintão disse ter sido o pessebista um detento comum durante o período (Lacerda permaneceu preso por quatro anos) e não um preso político, durante sabatina realizada esta semana pelo jornal "O Tempo" na cidade.
Lacerda confirmou a medida jurídica momentos antes participar de debate com alunos de faculdade de medicina, na noite desta quinta-feira (16), na capital mineira. Quintão não compareceu ao encontro alegando ter agendado compromisso com vereadores do partido.
"Assinei para o meu advogado uma procuração autorizando processá-lo [Quintão] por calúnia e difamação por causa daquela história de preso comum que ele falou no jornal 'O Tempo'", frisou.
Lacerda afirmou que Quintão fez um insulto não só a ele mas a "toda uma geração". Sobre as supostas ameaças que Quintão afirmou ser vítima, Lacerda aconselhou o peemedebista a procurar a polícia.
"Será que ele está gravando essas ligações. Ele deveria gravar e pedir o rastreamento dessas ligações, é um direito que ele tem. Se alguém o está ameaçando de morte e algo muito grave. Mas não sei, vamos deixar para a polícia apurar", disse Lacerda.
Discurso acirrado
Durante a sua participação no debate com alunos e professores, Lacerda afirmou ser Quintão "mentiroso e mau-caráter" após ser questionado sobre o episódio do primeiro turno em que houve a afixação de cartazes na cidade e e-mails divulgados pela Internet aludindo a uma suposta ligação do socialista com o escândalo do "mensalão".
O socialista disse ter questionado o adversário sobre seu quinhão de participação no episódio e quais provas teria contra ele, mas garantiu ter ouvido do peemedebista respostas evasivas.
"Ele foge do confronto. Quando é desmentido, ele mente. Eu já o peguei diversas vezes nesta situação. Ele mente descaradamente, portanto é um mau-caráter", exaltou-se Lacerda.
No fim do debate, o socialista minimizou as acusações feitas ao concorrente e atribuiu ao calor da disputa o ataque a Quintão.
Coordenadores de campanha
Os coordenadores de campanha de Marcio Lacerda, os deputados federais petistas Virgílio Guimarães e Miguel Correa Junior, vão interpelar judicialmente o deputado estadual Antônio Júlio (PMDB), um dos articuladores do pedido de proteção policial ao candidato, por declaração do parlamentar na qual acusou Guimarães e Corrêa de incitar violência contra Leonardo Quintão (PMDB), inclusive, a contratação de pessoas com ordem para agredir o peemedebista. Na interpelação, os deputados pedem que Júlio se retrate ou confirme as acusações.
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