O ministro da Justiça Tarso Genro (PT) reforçou o duelo de alianças pela Prefeitura do Rio com a gravação de um depoimento para o programa eleitoral de Eduardo Paes (PMDB), na tarde desta quinta-feira (16). Os dois se encontraram em um hotel de Copacabana, onde o ministro também posou para fotos ao lado do peemedebista, antes de ir ao encontro do governador Sérgio Cabral, com quem participa do lançamento de um programa de habitação voltado a policiais de baixa renda.

Foi Cabral quem promoveu o encontro com Tarso Genro, após obter para seu candidato o apoio do presidente Lula, que gravou, no dia 10, as inserções nas quais aparece no programa de TV de Paes. No debate promovido pelo jornal "Folha de S. Paulo", nesta quinta (16), o peemedebista disse que pedia desculpas por afirmações pessoais feitas contra o presidente, na época em que foi relator da CPI dos Correios e estava no PSDB. O ministro também relevou a situação e declarou que era preciso rever o passado:

"Num processo político não se trata de esquecer o passado, mas sim processá-lo de acordo com a melhor possibilidade. O segundo turno sempre tem essa tendência de nacionalizar um pouco mais a campanha, porque as pessoas já ficam observando como as forças políticas vão se mover em direção aos próximos pleitos eleitorais", afirmou Tarso Genro, que disse olhar para as alianças que vão se formar no cenário nacional, até 2016.

Apesar do apoio ao peemedebista e de defender que a prefeitura do Rio esteja "afinada" com o projeto "progressista" e "democrático" do presidente Lula, o ministro descartou o isolamento da cidade, ainda que Fernando Gabeira (PV) ganhe. "O presidente Lula não se relaciona com governadores e prefeitos a partir dos seus partidos", enfatizou.

Edson Santos também manifesta apoio

Na noite de quarta-feira (15), Eduardo Paes já havia aparecido ao lado do ministro da Integração Racial, Edson Santos (PT), com quem gravou imagens para o programa eleitoral, durante ato do movimento negro, na sede da Federação dos Blocos de Afoxé.

"A prefeitura tem que ter um estreitamento com o governo federal, para que haja uma política de promoção racial. Todos os movimentos negros devem se unir agora em torno da candidatura de Eduardo Paes", declarou Edson Santos.

No evento, o candidato assinou um termo de compromisso com reivindicações do movimento negro.

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