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05/10/2008 - 23h03

"Yes, caminhamos para a vitória", diz Marta, que associa imagem de Kassab a Pitta

Rodrigo Bertolotto
Do UOL Notícias
Em São Paulo
Na primeira entrevista coletiva depois da votação do primeiro turno em São Paulo, a candidata do PT à prefeitura, Marta Suplicy, já deu pistas de uma de suas estratégias para o segundo turno: associar a imagem do adversário, Gilberto Kassab (DEM), ao nome do prefeito Celso Pitta (de quem Kassab foi secretário de Planejamento).

No segundo turno, Marta ataca Kassab

    "Peguei a cidade devastada por gafanhotos", disse Marta, sobre seu mandato na prefeitura paulistana (2001-2004). Ela repetiu a crítica em outra resposta, se referindo à "gestão Pitta/Kassab", associando o nome de seu adversário atual com o ex-prefeito que enfrenta vários processos judiciais e investigações policiais.

    Para o encontro com a imprensa, realizada no hotel Braston, no centro de São Paulo, ela chegou sorridente e saiu dançando o forró que serve de jingle de sua campanha. Mas o clima parecia ensaiado, afinal, a votação expressiva de Kassab já no primeiro turno surpreendeu.

    "É um novo momento, uma nova eleição. Eu sabia desde o primeiro dia que eu iria ao segundo turno, não sabia contra quem. E sabia também que venceria para o segundo turno", disse.

    Ela insistiu em repetir que administrou a cidade com R$ 10 bilhões a menos de orçamento que seu rival e declarou ter feito uma administração "muito mais criativa" que a de Kassab, atual prefeito.

    • Flávio Florido/UOL

      Ao final de entrevista, Marta dança forró que é jingle de campanha

    "Vamos mostrar a incapacidade de gestão deles. Tivemos soluções mais inovadoras. Nós criamos do nada, do caos. E não tivemos a bonança que Kassab teve, graças ao nosso presidente Lula", afirmou, referindo-se a ajuda do governo federal.

    Logo na declaração inicial no hotel, ela cerrou o punho e disse: "Yes! Caminhamos para a vitória!", o que motivou aplausos dos petistas presentes no local.

    "Eu tenho melhor cabo eleitoral, que é o maior líder brasileiro, quiçá o maior líder que o Brasil já teve", afirmou quando perguntada sobre a possível entrada do governador tucano José Serra na campanha de Kassab. Ele ressaltou que o presidente Lula se mostrou à disposição de participar de comícios com Marta.

    Por outro lado, Marta elogiou Geraldo Alckmin, candidato derrotado do PSDB. "Tenho que elogiar a elegância ética, principalmente pela situação que ele viveu", disse, lembrando que o ex-governador não contou com apoio maciço do próprio partido - Serra, ao votar neste domingo, não declarou seu voto.

    Ela disse que não vai focar atrás dos eleitores tucanos. "Há uma estratégia para ter os votos do PSDB, do PV, do PPS, inclusive do DEM. Todo o eleitor é para ser conquistado."



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    Sobre a campanha no segundo turno, ela ressaltou que, com o mesmo tempo de TV, será mantido certo equilíbrio. "Vou para a final do campeonato e vou enfrentá-lo com boas armas. Vamos desmistificar o Kassab. Esse era o momento que esperávamos" Ela falou que a campanha será propositiva, mas também comparativa.

    Ao contrário de Kassab e Alckmin, Marta tinha divulgado com antecipação que sua entrevista coletiva seria às 20h, prevendo que a apuração paulistana seria rápida e a petista estivesse à frente. Com o atraso da contagem e Kassab na frente, a candidata só falou às 22h. Nesse intervalo, os seguidores presentes acompanhavam apreensivos as parciais de votação.

    Ela chegou usando óculos e xale, pouco depois que seus auxiliares mostraram o cartaz com sua foto e o slogan "a esperança vai vencer de novo". Em seu pronunciamento de abertura, Marta agradeceu "as mulheres de minha cidade" e "o carinho surpreendente dos idosos". "Nunca em outra campanha minha recebi tanto acolhimento das mulheres e idosos", disse.

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