O prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim (PT), conseguiu se reeleger no primeiro turno das eleições deste domingo (5). Ele confirmou as tendências apontadas pelas últimas pesquisas de intenção de voto, em que apresentava mais de 20 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, o deputado federal Sérgio "Petecão" (PMN).

A vitória de Angelim reforça a "hegemonia" do PT no Acre, cujo governador é o também petista Binho Marques.

A candidatura de Angelim foi resultado de uma ampla coalizão partidária, envolvendo nada menos que 17 partidos. O PMN, que pertencia à base governista do Acre, rompeu a aliança que mantinha com o PT e lançou a candidatura de Sérgio "Petecão". A "rebeldia" do PMN foi acompanhada por PMDB, PPS e PHS.

O candidato contou com o apoio significativo do deputado federal Márcio Bittar (PPS), adversário de Angelim em 2004. Angelim já foi chefe do Gabinete Civil do ex-governador Jorge Viana (PT) e por várias vezes ocupou pastas como Planejamento e Assistência Social.

A campanha em Rio Branco manteve-se em clima morno. O Estado é um dos dez Estados brasileiros que não pediram reforço de tropas federais durante as eleições.

O novo prefeito terá de administrar a capital do Estado que tem o pior índice de desenvolvimento humano da região Norte (IDH 0,754). Além disso, terá de encontrar alternativas para a geração de emprego e renda em uma cidade que vive, basicamente, dos salários do funcionalismo público.

Ao mesmo tempo, Rio Branco poderá ser beneficiada pela consolidação da rodovia Inter-oceânica, que vai ligar o Brasil ao Peru, passando pelo Acre e abrindo a região para o mercado asiático.

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