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01/08/2008 - 01h41

Debate em BH é marcado pela cordialidade

Rayder Bragon
Especial para o UOL
Em Belo Horizonte
O primeiro debate entre os candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte, realizado pela TV Bandeirantes, nesta quinta-feira (31), foi marcado por uma cordialidade estudada entre os candidatos que devem polarizar a campanha eleitoral deste ano na capital mineira. As críticas mais contundentes ficaram por conta dos candidatos Vanessa Portugal (PSTU) e o candidato Pedro Paulo de Abreu (PCO).

A expectativa na qual Marcio Lacerda (PSB), candidato apoiado pelo governador Aécio Neves (PSDB) e pelo prefeito Fernando Pimentel (PT) seria constantemente acossado pelos adversários não se concretizou.
André Antônio Alves, candidato do PT do B, não compareceu ao debate.

Quase unanimidade entre os postulantes ao cargo majoritário da cidade, a continuidade das obras do metrô da capital mineira fora a prioridade citada com mais frequência entre todos os problemas elencados por eles a serem enfrentados na cidade. A dissolução da escola continuada (proposta na qual o aluno não é reprovado) e a descentralização dos atendimentos médicos, seguidos de enfrentamentos contra a violência em Belo Horizonte, foram os temas mais observados no desenrolar nos discursos dos aspirantes ao cargo do Executivo municipal.

Motes de Campanha

Jô Moraes elogiou os 16 anos de governo petista na capital mineira, do qual o PC do B faz parte da base de partidos aliados e tentou defender a continuidade da escola progressiva, tema criticado pelos outros oponentes.

Leonardo Quintão fez questão de colar a sua imagem ao do ministro Hélio Costa, a quem fez reiterados elogios durante o programa, e garantiu que irá montar um sistema para desinflar a máquina administrativa, no entanto, sem causar desemprego entre os terceirizados que atualmente trabalham na prefeitura.

Gustavo Valadares também prometeu desinchar os quadros de funcionários da prefeitura e prometeu elevar a condição de prefeito em um personagem mais atuante no combate à violência.

Marcio Lacerda, que personifica a união entre PT e PSDB na cidade, fez questão de garantir a continuidade, caso seja eleito, da parceria entre o governo do estado e do município. Ele também elogiou a administração de Aécio e Pimentel.

Já Jorge Periquito defendeu a criação de empregos para a juventude e a implantação do monotrem, que segundo ele, resolveria o problema de transporte na cidade.

O tom de críticas mais contundentes ficou por conta de Vanessa Portugal (PSTU), que denunciou existir na cidade um "esquemão", que envolveria empresários do setor de transporte, grandes construtoras em financiamentos de campanhas para garantir lucros em negócios com o poder público, porém, não citou nomes. Ela se classificou como sendo opositora efetiva dos governos de Aécio Neves, Pimentel e do presidente Lula.

Já o candidato Pedro Paulo de Abreu Pinheiro (PCO) fez comentários mais ácidos contra Marcio Lacerda (PSB), candidato apoiado por Aécio Neves (PSDB) e pelo prefeito Fernando Pimentel (PT) e também alfinetou Jô Moraes.

"As eleições aqui são de cartas marcadas onde nós temos o PT, junto com o PSDB, organizando a campanha do PSB. De outro lado o PT, com o PRB, organizando a candidatura do PC do B", disse.

Participaram do debate, os postulantes à prefeitura de Belo Horizonte Leonardo Quintão (PMDB), Sérgio Miranda (PDT), Jô Moraes (PC do B), Vanessa Portugal (PSTU), Gustavo Valadares (DEM), Pedro Paulo de Abreu Pinheiro (PCO), Jorge Periquito (PRTB), e Marcio Lacerda (PSB-PT).

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