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03/07/2008 - 12h21

Reginaldo Rossi, o "Rei do Brega", quer ser vereador pelo PDT em Pernambuco

Marco Bahe
Especial para o UOL
Em Recife
Ele se tornou conhecido nacionalmente como o Rei do Brega. Sua música "Garçon" é um clássico nas periferias em todo o país. Agora, embalado pelo sucesso de outros artistas populares na política, o pernambucano Reginaldo Rossi, 63 anos, decidiu disputar sua primeira eleição. Rossi concorre a uma vaga de vereador em Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana do Recife. Está filiado ao PDT, mas diz que não tem partido no coração. "Sou do partido 'homista', do homem sério e legal", define.

  • Folha Imagem

    Reginaldo Rossi (PTB) tentará pela primeira vez um cargo na política

    A fama de Rossi coloca-o como favorito à condição de vereador mais votado daquele município. Nas atividades que participou durante o período de pré-campanha, fez mais sucesso entre os eleitores que o candidato a prefeito do seu partido, o deputado federal Paulo Rubem Santiago (PDT-PE). "Algumas pessoas me procuraram para me candidatar a prefeito. Disse que não tinha capacidade. O que sabia fazer bem era show", esquivou-se.

    O Rei do Brega pretende ser a voz do povo na câmara municipal. E diz que seu trunfo é ser honesto e nunca ter ido parar numa delegacia. Em entrevista ao UOL, Reginaldo Rossi, o político, fala sobre seus planos.

    UOL - Por que se candidatar a vereador e por que o PDT? O que você pretende fazer, caso seja eleito?
    REGINALDO ROSSI- Eu não tenho partido no coração. Eu sou do partido "homista", do homem sério e legal. Um monte de pessoas diz balelas e algumas pessoas de menos cultura e menos instrução entram nessa. Mas como eu conheço o povo muito bem, acho que posso representar bem na política o que o povo sente. Algumas pessoas me procuraram para me candidatar a prefeito. Disse que não tinha capacidade. O que sabia fazer bem era show. Mas tenho a vantagem que não preciso tirar nada de ninguém e nunca fui parar numa delegacia.

    UOL - Seu envolvimento em campanhas vem desde a década de 1980, no período de redemocratização. Como se deu essa aproximação entre o artista e os candidatos?
    ROSSI - Eu adoro estar na campanha. Quando tem muito comício eu fico cansado, "eu não agüento mais, tô de saco cheio". Mas quando acaba a campanha eu fico "pô, onde é que tem um comício". Até porque eu gosto de ver o povão. E, como eu tive a chance de ir para uma universidade, eu gosto muito de traduzir o que os políticos dizem para uma linguagem popular.

    UOL - Como é o Reginaldo Rossi político? Qual sua ideologia?
    ROSSI - Música não tem partido político, não tem religião, não tem sexo. A música é o meu partido. É a forma mais fácil de chegar ao povão. Eu não me considero de esquerda, jamais. Nunca fui nem de esquerda nem de direita. Eu não gosto do ditador, não gosto do Fidel Castro. Não pode evitar o povo de ir e vir. O cidadão Lula eu acho um cara bacana. Não gosto do presidente, da amizade dele com Chávez (Hugo Chávez, presidente da Venezuela) e com Fidel. Mas gosto do que ele faz pelo povão. Ele faz pelo povo, mas os bancos também não têm o que reclamar porque eles estão ganhando muito.

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