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05/10/2008 - 20h17

Em disputa apertada, Walter Pinheiro vai para o segundo turno com João Henrique

Manuela Martinez
Especial para o UOL
Em Salvador


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Mesmo sem contar com as presenças do governador Jaques Wagner e do presidente Lula em sua campanha, Pinheiro investiu muito na periferia e soube consolidar uma imagem simpática aos moradores mais pobres -em muitos programas, o candidato mostrou a casa onde nasceu e morou por mais de 20 anos no subúrbio da capital baiana.

Depois de uma disputa acirrada, decidida nas últimas urnas, o deputado federal Walter Pinheiro (PT) derrotou o também deputado federal Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM) e vai disputar o segundo turno para Prefeitura de Salvador com João Henrique Carneiro (PMDB), que tenta a reeleição.

Duelo racha base de Lula em Salvador

Com o resultado deste domingo (5), o PT tem a possibilidade de, pela primeira vez, comandar a prefeitura da terceira maior cidade do país.

Você esperava um
primeiro turno apertado?

Agora, Pinheiro disse que vai buscar o apoio do tucano Antonio Imbassahy, ex-prefeito de Salvador (1997/2004). "Temos muitas afinidades políticas e espero o apoio de Imbassahy", disse o petista.

Ao votar neste domingo (5), o governador Jaques Wagner (PT) afirmou que, em um eventual segundo turno entre o prefeito e o deputado federal, o presidente Lula não deverá ir a Salvador para apoiar os candidatos.

Para o governador, a situação fica "delicada" em relação a apoios -os dois candidatos pertencem à base do governo estadual. "O meu feeling diz que o presidente Lula não vem a Salvador se João e Pinheiro disputarem o segundo turno", afirmou.

João Henrique Carneiro

  • Partido: PMDB
  • Idade: 49
  • Profissão: não declarada
  • Naturalidade: Salvador (BA)
  • Patrimônio: R$ 606.664,27

As 5 principais promessas

  • 1. Ampliar a cobertura de Postos de Saúde da Família para toda a população carente
  • 2. Implantar o Projeto Turno Integral e Integrado nas escolas municipais e criar o Projeto Escola de Pais
  • 3. Ampliar o efetivo para três mil guardas e instalar câmeras em toda a frota de ônibus
  • 4. Ampliar programa de iluminação pública e de asfaltamento e dobrar o programa de habitação
  • 5. Rede própria de fibra ótica e Internet sem fio para ampliar e melhorar os serviços online

Fizemos muita coisa em quatro anos, mas não tudo. Quero mais quatro anos para mudar o perfil de Salvador


João Henrique de Barradas Carneiro nasceu em Feira de Santana e tem 49 anos. É formado em Economia pela UFBA (Universidade Federal da Bahia) e começou sua carreira profissional como economista no antigo Desenbanco, atual Desenbahia. João é casado com a deputada estadual Maria Luiza Carneiro e tem dois filhos.

Chega ao segundo turno depois de um intenso "tiroteio" travado com o PT e o PSDB. Filho do senador João Durval Carneiro, o atual prefeito conseguiu reverter o seu elevado índice de rejeição usando um artifício: intensificou as obras a partir de abril, quando o seu nome já era cogitado para disputar a reeleição.

João Henrique também superou o "trauma" do rompimento com o PT, partido que o apoiou desde que tomou posse, em 2005, até março último. Nos bastidores, contou com o apoio do ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), a principal liderança do PMDB no Estado e responsável pela filiação do prefeito no partido. João Henrique venceu as eleições de 2004 pelo PDT, onde permaneceu até abril do ano passado. A sua coligação "Força do Brasil em Salvador" é composta por PTB, PDT, PSC, PP, PRTB, PHS, PSL e PMN.

Em seu programa eleitoral, João Henrique sempre procurou passar uma imagem de "amigo" do presidente Lula e procurou creditar parte de suas realizações ao governo federal. Para explorar a imagem do presidente, o prefeito também teve de brigar com o PT, que ingressou na Justiça Eleitoral com várias ações exigindo exclusividade neste tipo de ação.

Em seus programas, João Henrique também procurou descaracterizar as duas administrações de Antonio Imbassahy (1997/2007), alegando que as obras realizadas neste período foram, na realidade, bancadas pelo governo estadual. Os ataques a Imbassahy deram resultado e o tucano despencou nas pesquisas. Com Imbassahy "eliminado" da disputa, João Henrique voltou as suas atenções exclusivamente para Walter Pinheiro. No final da campanha, quando o governador Jaques Wagner gravou uma mensagem de apoio a Pinheiro, João Henrique deu o "golpe certeiro" - passou a veicular em seus programas parte de um discurso do próprio Wagner em sua convenção.

Walter Pinheiro

  • Partido: PT
  • Idade 49
  • Profissão: não declarada
  • Naturalidade: Salvador (BA)
  • Patrimônio: R$ 711.111,00

As 5 principais promessas

  • 1. Aprofundar os laços entre a prefeitura e as universidades e faculdades através de parcerias
  • 2. Criar sistema de ciclovias na cidade, em toda a orla e nas avenidas de vale
  • 3. Recuperar e ampliar o "Cidade Mãe" para tirar as crianças das ruas
  • 4. Ampliar as ações do Pronasci (Programa Nacional de Segurança e Cidadania) em Salvador;
  • 5. Na segurança, implantar o programa Ronda 24 horas

Salvador tem um presidente do PT, um governador do PT. Agora, chegou a vez de ter um prefeito do PT para aproveitar esta parceria


Depois de uma disputa acirrada, o deputado federal Walter Pinheiro (PT) derrotou o também deputado federal Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM) e vai disputar o segundo turno para Prefeitura de Salvador com o prefeito João Henrique Carneiro (PMDB).

Com o resultado deste domingo (5), o PT tem a possibilidade de, pela primeira vez, comandar a prefeitura da terceira maior cidade do país. Em quatro eleições anteriores, o cientista político Jorge Almeida e o deputado federal Nélson Pellegrino, que disputou a prefeitura três vezes, foram derrotados. Walter Pinheiro chegou ao segundo turno depois de derrotar o próprio Pellegrino nas prévias do PT, e começar a campanha desacreditado. Após o início do horário eleitoral gratuito e de ter explorado, à exaustão, a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado federal subiu nas pesquisas e travou um "duelo" com o prefeito João Henrique.

Até março, o PT apoiava a atual administração municipal. O rompimento aconteceu depois que o partido resolveu lançar candidato próprio à prefeitura, contrariando uma recomendação do governador Jaques Wagner (PT) e do próprio presidente Lula, que defendiam o apoio à candidatura de João Henrique. Com Wagner trabalhando abertamente contra Pellegrino, o deputado Walter Pinheiro venceu as prévias. Em seguida, aconteceu o inevitável: o petista passou a "bater forte" em seu antigo aliado, decisão que causou profunda irritação no ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), "padrinho político" de João Henrique e principal liderança do PMDB no Estado.

Mesmo sem contar com as presenças do governador Jaques Wagner e do presidente Lula em sua campanha, Pinheiro investiu muito na periferia e soube consolidar uma imagem simpática aos moradores mais pobres - em muitos programas, o candidato mostrou a casa onde nasceu e morou por mais de 20 anos no subúrbio da capital baiana.

Walter Pinheiro nasceu em Salvador, tem 46 anos e é técnico em telecomunicações. Na década de 80, como técnico da Telebahia, ingressou no sindicalismo. Em 1982, filiou-se ao PT. Dez anos depois foi eleito vereador de Salvador, assumindo na época a liderança da bancada.


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