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22/08/2006 - 21h45

Alckmin e Cristovam trocam de discurso; Lula defende Bolsa-Família

Da Redação
Em São Paulo
Os candidatos surpreenderam e trocaram os discursos no horário eleitoral gratuito apresentado na noite desta terça-feira (22/8). O tucano Geraldo Alckmin diminuiu as críticas ao governo Lula e dedicou quase todo o seu programa ao tema educação. Cristovam Buarque (PDT) resolveu falar sobre segurança pública e violência.

Alckmin voltou reforçar a imagem de "gerente", convidando os eleitores a conhecer o "jeito Geraldo" de administrar.

O programa enfatizou as ações de governo de Alckmin enquanto governador de São Paulo. De acordo com o programa, 140 mil alunos passaram a ter aula em período integral no Estado. O tucano teria modernizado escolas e ampliado o número de Fatecs (faculdades de tecnologia) durante sua administração em São Paulo.

Alckmin também usou seu espaço para apresentar propostas para educação. Prometeu criar novas creches e investir em aperfeiçoamento para professores do ensino fundamental.

Mais "light", o programa desta noite só mostrou uma única crítica ao governo Lula, na abertura. Como de costume, o programa trouxe o depoimento de um eleitor criticando o governo federal. Desta vez, o eleitor lamentou a falta de "esperança" e de "transformações" durante a administração petista.

Cristovam Buarque desistiu de desenhos animados e vozes infantis em seu programa. O candidato usou seu espaço no horário eleitoral para falar de segurança pública e violência.

O candidato defendeu a redução da violência a partir de melhorias na educação do país. "Continuamos a falar de violência porque lá atrás faltou educação", disse.

O presidente Luiz Inácio da Silva (PT) dedicou todo seu espaço no horário eleitoral desta noite para defender o principal programa social de seu governo, o Bolsa-Família.

O programa desta noite insistiu em mostrar o Bolsa-Família como uma fonte de criação de empregos e renda, exibindo dados estatísticos.

Em imagens de comício, Lula afirmou que "alguns candidatos chiques" falam do Bolsa-Família como uma "esmola" porque esses candidatos jogavam "metade do prato de comida fora." De novo, os tons verdes, no lugar do vermelho do partido, dominaram o cenário do programa.