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15/09/2006 - 21h46

Na TV, Quércia ataca Serra e vincula tucano à máfia dos sanguessugas

Da Redação
Em São Paulo
As denúncias da revista Isto É deste fim de semana, que envolvem o tucano José Serra na máfia dos sanguessugas, chegaram ao programa eleitoral da noite desta sexta-feira (15/9).

O candidato do PMDB, Orestes Quércia, atacou José Serra, mostrando a reportagem da revista, que traz entrevista do sócio da Planam, Luiz Antonio Vedoin. Nela, Vedoin afirma que a chamada máfia dos sanguessugas também operava no período em que Serra foi ministro da Saúde, no governo de Fernando Henrique Cardoso.

"Na época de Serra e Fernando Henrique Cardoso começaram a sugar a saúde", disse um locutor, logo na abertura.

O programa não se limitou às denúncias de Isto É. Mostrou diversos depoimentos de eleitores, fazendo duras críticas à situação da saúde no Estado - obras não concluídas, pessoas sem atendimento, centro de saúde fechado.

Após os ataques, Quércia apresentou suas propostas para a saúde. O peemedebista disse que vai contratar ginecologistas para todas as unidades básicas de saúde do Estado, se eleito. Os centros também contaram com aparelho de Raio X e coleta de exames. Por último, Quércia prometeu ampliar laboratórios de exame e firmar convênios com hospitais particulares.

Antecipando-se às críticas, o programa do tucano José Serra anunciou: "como o dia da eleição está chegando, vai começar vale tudo contra Serra".

O restante do programa foi dedicado a mostrar propostas de Serra para a educação e para a cultura. O tucano prometeu levar a Virada Cultural -- 24 horas de música, teatro e entretenimento -- para cidades do interior do Estado e para o litoral.

Serra prometeu também ampliar o número de centros de ensino de língua no Estado, mas não disse quantos a mais serão criados. "No mundo de hoje, segunda língua é fundamental para abrir portas", completou.

O tucano voltou a dizer que colocará duas professoras em todas as salas do primeiro ano do ensino fundamental, além de avaliações contínuas.

O candidato petista do governo do Estado, Aloizio Mercadante, deixou os ataques a Serra de lado e colou sua candidatura à do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"O que o governo Lula está fazendo em todo país, Mercadante vai fazer em São paulo", anunciou um locutor, já na abertura do programa.

O petista usou seu espaço para falar sobre suas propostas para a habitação em São Paulo. Ele disse que, "como fez o governo federal", vai investir na regularização de terrenos e urbanização de favelas.

Mercadante prometeu ainda criar o Fundo Estadual de Habitação, se eleito, para construir casas e gerar empregos na construção civil.

O candidato do PDT, Carlos Apolinário, disse que sua candidatura ao governo de São Paulo é como "a luta de Davi contra Golias". Ele afirmou que a s condições na disputa são "injustas".

Apolinário resumiu suas propostas para diversas áreas. Na saúde, prometeu contratar mais médicos; na educação, afirmou que acabará com a "vergonha continuada"; por último, disse que os presos terão de trabalhar "para pagar o que come".

Ao fim do programa, Apolinário fez um apelo aos eleitores. "Preciso de suas orações e de seu voto", pediu.

Tarcisio Foglio, do PSC, disse estar "cansado de políticos profissionais". Novato na política, Foglio pediu aos eleitores que confiassem seu voto em nomes novos. "Como se repetem, como mentem os políticos que estão aí. Não voto nos mesmos", criticou.