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Aloizio Mercadante

Folha Imagem
ÁLBUM DE FOTOS

Nome: Aloizio Mercadante Oliva

Nascimento: 13 de maio de 1954

Local: Santos (SP)

Partido: PT

Tempo de partido: Desde 1980

Partidos anteriores: Nenhum

Formação profissional: economista

Site: www.mercadante.com.br

Vice de Lula no passado, Mercadante busca 2º turno

Alexandre Bigeli
Da Redação
Em São Paulo

Convencer os 10,5 milhões de paulistas que o elegeram ao Senado em 2002 a levá-lo para o Palácio dos Bandeirantes. Este é o desafio de Aloizio Mercadante nas eleições de 2006, diante do favoritismo do pré-candidato tucano José Serra. O ex-prefeito de São Paulo pode vencer a disputa pelo governo do Estado já no primeiro turno, de acordo com Ibope e Datafolha. Para se tornar o primeiro petista a assumir o comando do maior Estado do país, Mercadante confia no retrospecto de nunca ter perdido uma eleição.

O senador pretende, se eleito, tomar providências para retomar o crescimento econômico e elevar a qualidade do ensino das escolas públicas -medidas que ele julga interligadas. "Nos 12 anos de PSDB, em dez São Paulo cresceu abaixo da média do país. O sistema nacional de avaliação de ensino demonstra queda da qualidade ao longo desses 12 anos", disse em entrevista à "Folha de S.Paulo".

O petista afirmou que planeja "acabar" com a Febem (Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor). A instituição, responsável pelos menores infratores do Estado, tem sido palco de rebeliões com reféns, fugas e depredações. Mesmo antes dos atentados do PCC (Primeiro Comando da Capital), o senador falava em reformar a segurança pública de São Paulo, com base na experiência do governo Lula na Polícia Federal.

Trajetória
Aloizio Mercadante nasceu em 13 de maio de 1954 na capital. Formou-se em economia pela USP (Universidade de São Paulo) e tornou-se mestre e doutor na área pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). É professor licenciado de economia da Unicamp e da PUC-SP. Participou da elaboração do programa de governo de Luiz Inácio Lula da Silva em todas as eleições que o atual presidente disputou (1989, 1994, 1998 e 2002).

Mercadante participou do movimento estudantil na década de 70 e, anos depois, foi vice-presidente da Andes (Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior). Também colaborou com sindicatos de metalúrgicos e com a CUT (Central Única dos Trabalhadores). Foi um dos fundadores do PT em 1980. Mercadante tinha, então, 26 anos. Chegou a ocupar a vice-presidência nacional da legenda e foi seu secretário de Relações Internacionais.

A primeira vitória nas urnas aconteceu em 1990. Aos 36 anos, Mercadante foi eleito deputado federal com a maior votação entre os candidatos do PT naquele ano. Participou de duas CPIs: a de PC Farias, que culminou com o processo de impeachment de Fernando Collor, e a do Orçamento, que resultou na cassação de parlamentares envolvidos em fraudes com recursos da União.

Em 1994, Mercadante foi escalado para ser vice-presidente na chapa de Lula em substituição a José Paulo Bisol (PSB), alvo de denúncias. O então senador gaúcho foi acusado de propor em benefício próprio emendas ao Orçamento da União. O deputado petista assumiu a posição de candidato a vice numa operação que, segundo analistas, constituiu-se numa "dívida" de Lula a ser paga no futuro.

O lançamento do Plano Real em julho daquele ano catapultou a popularidade do candidato tucano Fernando Henrique Cardoso, que venceu a eleição no primeiro turno com 53% dos votos válidos.

Mercadante voltou à Câmara após as eleições de 1998, com 241.559 votos. Presidiu a Comissão de Economia, Finanças e Tributação da Câmara e liderou a bancada do PT. No segundo mandato, destacou-se na oposição ao governo FHC. Em 1999, denunciou que o Banco Central poderia ter vazado informações sigilosas para instituições financeiras durante a crise cambial que levou o governo a desvalorizar o real. Também confrontava o ministro da Fazenda, Pedro Malan, acerca de reajustes do salário mínimo. Em outubro de 2000, afirmou que o aumento que o governo propunha para o mínimo, de R$ 15, não era suficiente para "pagar a tinta da caneta Mont Blanc" com a qual Malan assinaria o decreto.

Senado
Em 2002, Mercadante foi escolhido pelo PT para disputar uma vaga de senador por São Paulo. Tinha como adversários dois tradicionais políticos paulistas, o ex-delegado Romeu Tuma (PFL), que postulava a reeleição no Senado, e o ex-governador Orestes Quércia (PMDB). Mercadante foi crescendo aos poucos, no ritmo da campanha de Lula, e foi o senador mais votado, com 10,5 milhões de votos.

No Senado, Mercadante é autor de projetos relacionados à educação e à juventude. Defende 16 anos como idade máxima para proibição ao ingresso a espetáculos e diversões e o fim da cobrança da taxa de inscrição nos vestibulares de instituições federais e estaduais para candidatos que estudaram em escolas públicas.

Na área da economia, apresentou projeto de lei para que os empregados escolham o banco e a agência em que as empresas depositam seus salários. Ainda sobre diretos dos trabalhadores, o petista é autor de projeto que estabelece reserva de vagas para portadores de deficiência nos programas de qualificação financiados pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador.

O senador é autor de proposta de emenda constitucional sobre a reforma tributária. Defende que o sistema tributário brasileiro fique mais progressivo, ou seja, cobre mais, proporcionalmente, dos cidadãos com maior poder aquisitivo. Entre seus projetos de decreto legislativo, está a proposta de plebiscito para decidir a participação do Brasil na Alca (Área de Livre Comércio das Américas).








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