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Beto Mansur

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ÁLBUM DE FOTOS

Nome: Paulo Roberto Gomes Mansur

Data de nascimento: 7 de julho de 1951

Local: São Vicente (SP)

Partido: Partido Progressista (PP)

Tempo de partido: desde 1993

Partidos anteriores: PSDB e PDT

Formação profissional: engenheiro

Vitórias sucessivas em Santos estimulam Mansur

Alexandre Bigeli
Da Redação
Em São Paulo

A história política de Paulo Roberto Gomes Mansur é marcada por vitórias eleitorais. O ex-prefeito de Santos nunca perdeu um pleito e espera que sua trajetória de êxitos impulsione a campanha para governador de São Paulo.

Beto Mansur nasceu na cidade de São Vicente, litoral paulista, em 7 de julho de 1951. É filho do ex-deputado federal Paulo Jorge Mansur. Em 1978, formou-se em engenharia eletrônica pela Universidade Mackenzie de São Paulo.

Mansur filiou-se em 1988 ao PSDB, partido pelo qual foi eleito vereador em Santos, seu primeiro cargo político. Mudou-se para o PDT em 1990, ano em que foi eleito para a Câmara dos Deputados. Em 1993, trocou o partido do ex-governador do Rio de Janeiro Leonel Brizola pelo de Paulo Maluf, ex-governador de São Paulo.

O partido de Maluf sempre foi identificado com a direita, mas mudou de nome várias vezes. Quando Mansur ingressou na agremiação, em 1993, a sigla era PPR (Partido Progressista Republicano), resultado da fusão do PDS, herdeiro da antiga Arena, que deu sustentação ao regime militar, com o PDC (Partido Democrata Cristão). Em 1996, o partido tornou-se Progressista Brasileiro (PPB). Já em 2000, o grupo abandonou o "brasileiro" e passou a denominar-se apenas PP.

Projetos como deputado
Em 1994, Beto Mansur foi reeleito deputado federal pelo PPR. No segundo mandato, destacou-se pela emenda constitucional que concedeu aos municípios o prazo de oito anos para pagar precatórios (dívidas em que os credores foram à Justiça para receber, e a prefeitura não tem mais como recorrer). Também foi relator do projeto que instituiu o novo Código Brasileiro de Trânsito, em vigor desde 1998. Foi corregedor da Câmara, coordenou a Frente Parlamentar pela Quebra do Monopólio das Telecomunicações e defendeu iniciativas para a modernização dos portos.

Em 1996, Mansur candidatou-se à Prefeitura de Santos, uma das cidades mais importantes de São Paulo e que, desde 1989, era administrada pelo PT. Davi Capistrano foi prefeito entre 1989 e 1992, e Telma de Souza entre 1993 e 1996.

Eleito prefeito com 131.036 votos (48,9% do total), Mansur comandou uma administração marcada por obras na orla marítima da cidade, reformas em praças, vias e instalações turísticas. A oposição o acusou de abandonar investimentos nas áreas mais carentes da cidade.

Em 2000, Mansur candidatou-se à reeleição em Santos. Desta vez, ele teve pela frente uma adversária popular: a deputada federal e ex-prefeita Telma de Souza, que começou a campanha na liderança, com mais de 50% das intenções de votos.

Na época, a campanha de Mansur enfrentou a denúncia de que houve mais de 80 ligações telefônicas feitas pelo ex-juiz Nicolau dos Santos Neto para seu gabinete em Brasília, quando era deputado, e para seu comitê eleitoral. O ex-juiz é pivô do escândalo do desvio de verbas da construção do prédio do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de São Paulo.

Segundo mandato de prefeito
Mansur costurou um amplo leque de alianças em 2000, do PP, seu partido, com PMDB e PTB, que também são fortes na baixada santista. Conseguiu reduzir o favoritismo de Telma e impediu que ela vencesse no primeiro turno. Bem avaliado devido às obras que realizou e beneficiado pelo isolamento da candidata petista, Mansur venceu o segundo turno com 52,21% dos votos válidos.

Em seu segundo mandato como prefeito, continuou recuperando o centro histórico de Santos e investindo na revitalização da orla. Manteve-se na prefeitura e não disputou vaga na Câmara dos Deputados em 2002. Em 2004, apoiou seu vice-prefeito, João Paulo Papa (PMDB), para a prefeitura de Santos.

Mais uma vez, a oposição começou a campanha com amplo favoritismo. A deputada federal Telma de Souza tentava retornar à prefeitura santista pela segunda vez e ostentava mais da metade da intenção de votos nas pesquisas. Mas, tal como uma repetição da eleição de 2000, a aliança que elegeu e reelegeu Mansur conseguiu impedir que Telma vencesse no primeiro turno e lhe impôs uma derrota por pequena margem no segundo. A vitória de Papa chegou a ser atribuída à elevada abstenção de eleitores em redutos petistas. Houve denúncias de que partidários de Mansur teriam dificultado o acesso a locais de votação na periferia, mas nada foi comprovado.

A eleição de Papa em 2002 foi vista como uma demonstração de força de Beto Mansur, que assim, em 2006, se viu estimulado a disputar o governo de São Paulo. No início deste ano, o ex-prefeito recebeu o apoio de Paulo Maluf, principal liderança do PP.

Segundo a imprensa da baixada santista, num eventual segundo turno, se derrotado, Mansur pode negociar seu apoio a algum dos candidatos e, em troca, pedir a direção de alguma secretaria estadual.

Além de engenheiro, Mansur é dono de veículos de comunicação na baixada santista. É casado com Ylidia Mansur, ex-presidente do Fundo Social de Solidariedade de Santos, e tem dois filhos, Paulo Thiago e Marcus Vinícius.








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