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Francisco Turra

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Nome: Francisco Sérgio Turra

Data de nascimento: 16 de setembro de 1942

Local: Marau (RS)

Partido: PP

Tempo de partido: Desde 1983

Partidos anteriores: PDS, PPR e PPB (nomes anteriores do PP)

Formação profissional: advogado

Força nos municípios é a esperança de Turra, do PP

Cláudio de Souza
Da Redação
Em São Paulo

Linha auxiliar do poder em quase todo o Brasil, cooptável para bases de apoio à esquerda e à direita, o PP encontra no Rio Grande do Sul um dos poucos colégios eleitorais em que uma candidatura própria ao governo faz sentido. Francisco Turra, deputado federal e ex-ministro da Agricultura, é quem tenta a sorte em outubro.

O RS tem 465 municípios. Nada menos que 138 deles são governados pelo PP (quase 30%). A assessoria do partido afirma que são 190 mil filiados no Estado, 20 mil deles admitidos desde março deste ano. É uma base respeitável, mas ainda não testada, já que a última eleição ao governo antecedeu a municipal —em 2002, o PP (então PPB) ficou em quarto lugar na disputa pelo Palácio Piratini. Celso Bernardi teve 367.328 votos.

Turra certamente preferiria repetir o desempenho de Nelson Marchezan no primeiro turno da eleição de 1990, e não o de Bernardi há quatro anos. Dezesseis anos atrás, o PDS (outro nome antigo do PP) esteve a um passo do governo com Marchezan, que foi ao segundo turno com cerca de 1,35 milhão de votos. No segundo round, porém, agregou apenas pouco mais de 100 mil novos eleitores, e viu Alceu Collares, do PDT, ganhar de lavada devido ao chamado "voto útil".

A campanha estadual do candidato pepista promete ser municipalizada - ou seja, impulsionada desde as cidades. Faz sentido, ao ver-se o número de prefeitos do partido.

"Entrem em campo e ajam como se estivessem decidindo o seu próprio futuro político", apelou Turra a militantes no final de maio. O candidato se descreve como um "municipalista convicto": "Fui prefeito e sei bem que a descentralização do poder e dos recursos podem gerar melhores resultados", afirmou. A idéia é diminuir a dependência das prefeituras em relação aos recursos dos governos estadual e federal.

O ponto mais alto da carreira política de Turra foi ocupar o Ministério da Agricultura durante 15 meses, durante o primeiro e o segundo governos de Fernando Henrique Cardoso. Sua assessoria lembra de sucessos que ele obteve, como a safra de grãos de 1998/99, que bateu o recorde nacional, e a multiplicação por dois no investimento em agricultura familiar.

Mas, na época, Turra recebia críticas até de tucanos, não era listado entre os ministros realmente fortes de FHC, e no período eleitoral de 1998 foi duramente atacado pelo PT por liberar verbas a agricultores gaúchos, numa suposta manobra para ajudar Antônio Britto (do PMDB, coligado ao então PPB) a obter a reeleição. Britto perdeu para Olívio Dutra, do PT.

Francisco Sérgio Turra é advogado. Tem também um diploma de comunicação social. Começou na política como vice-prefeito no interior gaúcho, em 1976; virou prefeito, cumpriu dois mandatos de deputado estadual entre 1986 e 1994, e depois assumiu uma diretoria no Banrisul. Ingressou no governo FHC em 1996, como presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e assumiu o Ministério da Agricultura em 1998. Em 2002 , elegeu-se deputado federal.








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