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Denise Frossard

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Nome: Denise Frossard Loschi

Data de nascimento: 6 de outubro de 1950

Local: Carangola (MG)

Partido: PPS

Tempo de partido: Desde 2004

Partidos anteriores: PPS (até 2002) e PSDB (2002 a 2004)

Formação profissional: juíza e professora universitária

Chance de Denise Frossard é derrubar Cabral ou Crivella

Cláudio de Souza
Da Redação
Em São Paulo

A deputada federal Denise Frossard, do PPS, busca forças para ameaçar o favoritismo dos dois candidatos que têm liderado as pesquisas, Sérgio Cabral (PMDB) e Marcelo Crivella (PRB), e então "roubar" a vaga de um deles no segundo turno. Ela já recebeu um empurrão do PFL do prefeito carioca Cesar Maia, que indicou o vice na chapa --Eider Dantas, que foi seu secretário de Obras.

A ex-juíza já aparece em terceiro lugar nas pesquisas, provavelmente um reflexo de sua incisiva participação na CPI dos Correios.

Denise Frossard se tornou nacionalmente conhecida muito antes das denúncias do mensalão, em 1993. Naquele ano, atuando como juíza no Rio de Janeiro, condenou à prisão, por formação de quadrilha, toda a cúpula do jogo do bicho fluminense. A decisão de Denise rendeu notoriedade, mas quase custou-lhe a vida.

Em 2002, um ex-PM contou ao 4º Tribunal do Júri do Rio que receberia R$ 1 milhão para executar a juíza Denise, anos antes. A morte dela fora encomendada por um bicheiro, que, no "pacote" contratado junto ao ex-policial, incluíra também a execução de um primo, filho do lendário Castor de Andrade (já morto). O assassino de aluguel matou primeiro o primo, e foi preso logo em seguida. Denise escapou.

A candidata a governadora não é mais juíza: aposentou-se em 1998, ano em que tentou uma candidatura ao Senado pelo PPS, sem sucesso (teve cerca de 635 mil votos). Mas em 2002, já no PSDB, elegeu-se deputada federal com uma votação consagradora: 385.111 sufrágios. Foi a maior votação para o cargo no Rio, e também a maior obtida por uma mulher na eleição legislativa daquele ano.

Pouco antes de ser eleita, Denise explicou à revista "IstoÉ" por que abandonara o antigo partido comunista e se transformara numa tucana: "Considero-me uma conservadora esclarecida".

Mesmo assim, ainda naquela campanha, Denise deixava claro que tinha restrições aos governos de Fernando Henrique Cardoso e fazia elogios a petistas; ela antecipava que estaria junto deles em várias votações na Câmara. Ironicamente, Denise apontava a aversão à corrupção como uma das maiores qualidades do PT --o partido que mereceria da deputada os mais duros ataques ao longo de 2005.

A mudança para o PPS aconteceu em 2004, quando o partido ainda era da base de sustentação do governo Lula. Denise queria se candidatar à prefeitura do Rio, mas o PSDB barrou a iniciativa. Decidiu então voltar ao partido de Roberto Freire --que acabou desembarcando do governo Lula em dezembro daquele ano.

Na oposição, Denise pôde ficar mais à vontade para desfiar ácidas críticas ao governo e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em várias de suas intervenções nas sessões da CPI dos Correios, ela deixou claro que acredita na responsabilidade maior de Lula nos escândalos de corrupção atribuídos ao governo.

Apesar disso, Denise não declara voto no principal candidato da oposição, Geraldo Alckmin, do PSDB.

Denise Frossard Loschi tem 55 anos. Nasceu em Carangola (MG), mas mudou-se para o Rio e lá completou o curso de direito na PUC (Pontifícia Universidade Católica), em 1976. Ingressou na magistratura em 1984. Após se aposentar como juíza, em 1998, passou a dar aulas de direito penal.








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