UOL EleiçõesUOL Eleições

Sérgio Cabral

Agência Senado

Nome: Sérgio de Oliveira Cabral Santos Filho

Data de nascimento: 27 de janeiro de 1963

Local: Rio de Janeiro (RJ)

Partido: PMDB

Tempo de partido: Desde 2002

Partidos anteriores: PSDB

Formação profissional: jornalista

Campeão de votos, Cabral tenta ganhar cargo majoritário

Cláudio de Souza
Da Redação
Em São Paulo

Para quem conhece samba, futebol e boemia, o nome do candidato do PMDB ao governo do Rio de Janeiro soa familiar, mesmo que se desconheça a política fluminense.

Sérgio Cabral Filho (que na vida parlamentar aposentou o "Filho") herdou o nome de um jornalista e escritor, digamos, "das antigas", colaborador do lendário "Pasquim" e biógrafo de sambistas. Sérgio Cabral, o filho, também herdou o rosto do pai: a semelhança é notável.

Atualmente um campeão de votos, Cabral começou cedo na política em 1990, aos 27 anos, quando foi eleito para a Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) pela primeira vez.

Apesar da pouca idade, já nessa primeira legislatura ele passou a dedicar parte de sua atuação parlamentar aos interesses dos cidadãos idosos --algo que se revelaria constante nos anos seguintes.

Por exemplo, ele presidiu a CPI do Idoso, que apurou o tratamento recebido pela população mais velha em instituições públicas e privadas do Rio.

Em 1994, Cabral disputou a reeleição à Alerj pelo PSDB, e foi o deputado mais votado no Rio, com cerca de 125 mil sufrágios. O resultado garantiu-lhe a presidência da Casa, assumida em 1995 (seus pares o reelegeram para o cargo três vezes, em 1997, 1999 e 2001).

Na eleição de 1998, o então deputado se candidatou mais uma vez à Alerj, de novo pelo PSDB, e obteve uma votação consagradora: 378 mil sufrágios, que fizeram dele o deputado estadual mais votado daquele ano no Brasil.

Em paralelo com sua atuação pelos idosos, bem vista pelos eleitores, Cabral tomou medidas que podem ser consideradas como moralizadoras, mas também como demagógicas. Em 1995, por exemplo, dezenas de veículos Tempra da Alerj foram doados à Secretaria de Segurança Pública fluminense; em 2000, na legislatura seguinte, mais uma leva de carros foi repassada a órgãos públicos do Rio, inclusive do interior do Estado.

Em 2002, Sérgio Cabral candidatou-se ao Senado e foi eleito com cerca de 4,2 milhões de votos (teve 100 mil votos a mais que Rosinha Matheus, eleita governadora), superando o segundo colocado, Marcelo Crivella (também eleito), por cerca de 1 milhão de votos. Tal duelo pode se repetir este ano, na briga pelo Palácio Guanabara.

No Congresso, Cabral continuou atuando no filão da terceira idade e, no comando de uma comissão específica, ajudou a aprovar o Estatuto Nacional do Idoso, cujo trâmite já contava seis anos.

A candidatura de Sérgio Cabral ao governo fluminense era tida como natural no PMDB, mas a polêmica greve de fome de Anthony Garotinho, principal liderança peemedebista no Estado, e a administração de Rosinha, alvo de várias denúncias, são uma dor de cabeça para sua campanha.

Por sinal, a experiência do senador numa campanha ao Executivo não é boa: em 1996, ainda no PSDB, foi para o segundo turno com Luiz Paulo Conde, do PFL, na disputa pela prefeitura carioca. Obteve cerca de 1.050.000 votos, quase 700 mil a menos que o adversário.

O candidato a vice na chapa de Cabral é o ex-prefeito de Piraí, Luiz Fernando de Souza, conhecido como Pezão.








Computando seu voto...
Carregando resultado