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ROBERTO REQUIÃO DE MELLO E SILVA

Após disputa acirrada, Requião consegue terceiro mandato

Larissa Morais

Em São Paulo

A exemplo do aliado Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador Roberto Requião (PMDB) foi reeleito. Em 2007, iniciará o terceiro mandato à frente do governo do Paraná.

A disputa no segundo turno foi acirrada. Todas as pesquisas realizadas em outubro indicavam empate técnico ou pequena diferença entre Requião e seu adversário, o senador Osmar Dias (PDT).

No início da campanha, em julho, o candidato do PDT oscilava ao redor de 20% das intenções de voto nas pesquisas. O governador manteve-se estável - na pesquisa Ibope divulgada no dia 7 de agosto, tinha 39%. Em três meses, Osmar cresceu e obteve nas urnas 38,6% dos votos válidos, contra 42,81% de Requião.

A cada novo levantamento neste segundo turno, o clima de campanha esquentava. No horário eleitoral os dois candidatos mostraram boletins de ocorrência por briga e vídeos com declarações constrangedoras.

No dia 26, em debate na TV Paranaense, retransmissora da Rede Globo no Estado, Osmar disse que o governador prometeu acabar com a banda podre da polícia, mas manteve, como seu assessor no Palácio Iguaçu, o policial Délcio Augusto Rasera, preso sob acusação de chefiar uma quadrilha de arapongas. Requião negou a relação e respondeu que a “banda podre” estaria no comitê do senador.

Requião conseguiu se sair vitorioso das denúncias de nepotismo e outras irregularidades em sua administração. Osmar também responsabilizou o governador pelas perdas econômicas com a proibição pelo governo do embarque de transgênicos no Porto de Paranaguá.

Em resposta aos ataques, o governador chamou o adversário de latifundiário e utilizou amplamente as oito ações por improbidade administrativa em tramitação contra o candidato a vice de Osmar, o ex-prefeito de Toledo Derli Donin (PP).

Requião conseguiu vencer a união de importantes partidos como PSDB, PFL, PDT e PPS contra sua candidatura. O PMDB do governador coligou-se formalmente apenas ao pequeno PSC, e no segundo turno não agregou importantes apoios. A principal aliada em outubro foi a ex-candidata ao Senado Gleisi Hoffmann (PT), que por poucos votos não impediu a reeleição de Álvaro Dias (PSDB). O ex-candidato do PT ao governo, Flávio Arns, declarou-se neutro na disputa.

O governador esperou que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) empatasse com Geraldo Alckmin (PSDB) nas pesquisas no Estado para declarar apoio ao presidente, manobra que o adversário classificou de "oportunista". Ao contrário do resultado nacional, no primeiro turno o candidato tucano foi o preferido dos eleitores paranaenses.

Conhecido como um político populista, Requião começou a carreira política em 1982, quando foi eleito deputado estadual. Quatro anos depois, derrotou o Jaime Lerner (ex-PFL, hoje PSB) na primeira eleição para a Prefeitura de Curitiba após a ditadura militar.

Então aliados, foi convidado pelo governador Álvaro Dias para assumir a Secretaria de Desenvolvimento Urbano. Em 1990, elegeu-se governador pela primeira vez. Requião passou oito anos no Senado, de 1995 a 2002. Nesse período, foi derrotado por Lerner na eleição para o governo estadual. Em 2002, venceu Álvaro Dias e voltou ao Palácio Iguaçu.








Nome: Roberto Requião de Mello e Silva

Data de nascimento:
5 de março de 1941

Local: Curitiba (PR)

Partido: PMDB

Formação profissional: Advogado e jornalista

Meu adversário faz uma campanha nazista, repetindo mil vezes um mentira

disse Requião em entrevista à Agência Folha no dia 23 de outubro

Osmar tem o mesmo extrato social que eu, mas tem sido extraordinariamente bem sucedido como agricultor e senador

disse Requião, duvidando do enriquecimento do adversário, no debate da TV Paranaense, realizado no dia 26.

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Seria a quantidade de ações e inquéritos contra Requião, segundo Osmar Dias. O pedetista utilizou o número para rebater as acusações contra seu candidato a vice, Derli Donin, que tem oito ações por improbidade administrativa em tramitação.

PROMESSA

O governador comprometeu-se a não atacar o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra, por considerar a organização um “movimento social legítimo”.