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Jaques Wagner

Folha Imagem

Nome: Jaques Wagner

Data de nascimento: abril de 1951

Local: Rio de Janeiro (RJ)

Partido: PT

Tempo de partido: Desde 1980

Partidos anteriores: PC do B (clandestinamente)

Formação profissional: cursou engenharia, mas não concluiu

"Pacificador" de Lula, Wagner tenta a desforra de 2002

Cláudio de Souza
Da Redação
Em São Paulo

O ex-ministro Jaques Wagner, candidato petista ao governo da Bahia, vai encarar um páreo duro contra o atual governador, Paulo Souto (PFL), que busca a reeleição e tem uma liderança folgada em todas as pesquisas.

Polarizado entre os dois, o pleito pode servir como revanche de 2002, quando Souto levou a melhor contra Wagner e foi eleito.

Amigo de longa data do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Wagner não ficou na chuva após a derrota. Foi incorporado ao governo federal como ministro do Trabalho, cargo que exerceu por cerca de um ano. Depois, assumiu a Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

Em julho de 2005, substituiu Aldo Rebelo na pasta de Coordenação Política e Articulação Institucional, liberando o deputado comunista para disputar e ganhar a presidência da Câmara dos Deputados --triunfo que, para muitos analistas, foi o início do fim da crise no governo Lula.

O derretimento das principais figuras do PT em meio às acusações de corrupção favoreceu políticos de perfil mais discreto, como Wagner. Com seu jeito macio de baiano (por adoção, já que ele é carioca de nascimento), saiu-se bem no papel de interface com a oposição. Consta até que Lula o chama de "o pacificador".

Wagner deixou o cargo no final de março para concorrer ao governo baiano e, segundo declarou à revista "IstoÉ", dar a Lula "um palanque forte no quarto maior colégio eleitoral do Brasil".

Ele não tem muito a perder. É nome certo na equipe de Lula num eventual segundo governo do presidente, e em 2008 ainda pode tentar a disputa municipal baiana (ele concorreu em Camaçari, em 1996, e foi derrotado com 31% dos votos).

A atuação militante de Wagner começou em 1968, na política estudantil. Na época, ele presidia o diretório acadêmico da Faculdade de Engenharia da PUC-RJ. A ditadura o fez mudar-se para Salvador, em 1973. Seu partido era o PC do B. Lá, Wagner trocou o movimento estudantil pelo sindicalismo --empregado na indústria petroquímica, chegou a diretor e presidente do Sindiquímica, entre 1987 e 1989.

Antes, em 1980, filiou-se ao PT do amigo Lula (que ele conhecera num congresso de petroleiros) e ajudou a fundar a CUT na Bahia. Wagner foi eleito deputado federal pela primeira vez em 1990, e reeleito em 1994 e 1998.

O candidato a governar a Bahia pelo PT tem 55 anos, é casado e pai de três filhos.

Em 28 de junho, com o anúncio do apoio do PMDB baiano à chapa petista, foi indicado para vice-governador de Wagner o ex-deputado estadual Edmundo Pereira.

O PFL de Antônio Carlos Magalhães administra o Estado desde 1990.








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