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01/10/2006 - 23h54

Binho Marques, do PT, é o novo governador do Acre

Da Redação
Em São Paulo
Binho Marques, 44, é o novo governador do Acre, o que garante mais quatro anos de poder ao PT no Estado. Ele sucederá seu colega de partido Jorge Viana, que está no executivo há oito anos. Jorge é irmão de Tião Viana, senador petista que tenta a reeleição.

A eleição de Binho no primeiro turno era apontada pelas últimas pesquisas. Na reta final, até mesmo lideranças tucanas anunciaram apoio a Binho Marques, segundo noticiou o "A Tribuna", jornal de Rio Branco.

A vitória no primeiro turno de Binho Marques chegou a ser ameaçada por Bittar. No início de agosto, os dois estavam empatados tecnicamente, de acordo com levantamento encomendado pela "A Tribuna", jornal de Rio Branco, ao Instituto Data Control.

No final de agosto, pesquisa Ibope apontava a a realização do segundo turno. Com a intensificação da campanha, e colando sua imagem à do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Binho Marques conseguiu pular na frente. O Ibope do dia 13 de setembro revelava que o petista poderia vencer no primeiro turno. Em nova rodada, no dia 29, o instituto mostrou o mesmo quadro.

Apoios
A coligação petista "Frente Popular do Acre" contou com seis partidos: PP, PL, PRTB, PMN, PSB¸ PC do B. Além de lideranças do PSDB, Binho recebeu apoio de outros opositores durante todo o primeiro turno.

O prefeito de Porto Acre, Paulo Barbosa (PFL), vereadores e outras lideranças da sigla no município manifestaram apoio ao petista. Outros prefeitos da região também anunciaram apoio, como Ruy Coelho, do PPS, partido de seu principal adversário, Márcio Bittar.

Outros quatro candidatos disputaram o governo acreano: Edivaldo Guedes (PAN), Francisco Dias (PSDC), José Aleksandro (PRONA), suspeito de envolvimento com a máfia das sanguessugas e Wilson Leão (PSOL).

Alianças
Para manter o poder, petistas promoveram acordos com adversários históricos, entre eles o ex-governador Orleir Cameli (1995-1998), caracterizado por petistas como responsável pelo 'desmonte' do Estado.

"O Cameli é uma liderança inquestionável, adorado na sua região. Existe uma diferença muito grande entre o que sai nos jornais e o que a população sente", disse o governador eleito Binho Marques.

Orleir Cameli é primo Cesar Messias (PP), ex-prefeito de Cruzeiro do Sul, segundo maior município do Estado, eleito vice-governador com a chegada de Binho ao executivo.

Outro que compõe o grupo de apoio é Aureliano Pascoal (PL), ex-secretário de Segurança Pública de Cameli e primo de Hildebrando Pascoal, preso por mandar matar um adversário com uma motosserra.