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26/10/2006 - 14h00

Na TV, Lula mira os eleitores do Sul e Alckmin, do Norte e Nordeste

Da redação
Em São Paulo
O candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou uma série de números para abordar a questão da agricultura no seu programa eleitoral desta quinta-feira (26/10) e destacou os produtores do Rio Grande do Sul. Geraldo Alckmin (PSDB), por sua vez, abordou seus projetos para a região Nordeste e Norte do país e voltou a enfatizar sua origem como médico para mostrar-se um candidato preocupado com o povo.

O programa de Lula foi o mesmo da última quarta-feira (25). O candidato petista apresentou números que enfatizam o investimento de seu governo no setor. Segundo o programa, o Plano Safra, por exemplo, destinou R$ 60 bilhões em crédito rural para o agronegócio. Para a agricultura familiar, foram investidos R$ 10 bilhões (contra R$ 2,4 bilhões do governo FHC), o que fez com que o setor tivesse um aumento de 69% no volume de exportações.

No final, destaque ao tema do biodiesel. O programa afirmou que são sete usinas de biodiesel em funcionamento e outras 30 em implantação. Para exemplificar, citou quatro usinas em atividade no Rio Grande do Sul. Também é deste Estado o depoimento de um morador de Freitas, que irá "cavalgar" por 23km para votar em Lula no próximo dia 29.

O exemplo sugere a tentativa de conquistar o eleitorado de uma região em que o petista não teve bom desempenho nas urnas no primeiro turno.

O programa da coligação tucana usou de tática semelhante. Alckmin buscou apresentar projetos que irão beneficiar as regiões Nordeste e Norte, onde o tucano não teve boa votação no primeiro turno.

Para o Nordeste, Alckmin prometeu levar água encanada para o semi-árido e acabar com as casas de taipa, substituindo-as por moradias de alvenaria.

O tucano também citou os programas "Bolsa Alimentação", "Vale Gás" e "Bolsa Escola" como anteriores ao Bolsa Família do governo Lula. "Recebo com o mesmo cartão (do Bolsa Escola). Não mudou nada, só a cor do cartão", disse uma moradora.

Para a região Norte, Alckmin disse que não acabará com a Zona Franca de Manaus, ao contrário, irá ampliá-la. Também usou a região para atacar a política econômica do governo Lula. "A alta taxa de juros prejudica as exportações", disse uma pessoa identificada como gerente da Honda.

O programa também citou um armazém refrigerado que não teria "saído do papel", o que provocou prejuízos aos pescadores que "voltavam do rio com os barcos cheios".

Para encerrar, o programa da coligação tucana disse que Lula "privatizou" a Amazônia ao dar concessão de 60 anos aos estrangeiros para a exploração da região.