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25/10/2006 - 13h41

Na TV, Alckmin dedica programa ao Nordeste; Lula comemora pesquisa

Da Redação
Em São Paulo
O Nordeste, região em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem grande popularidade, foi o centro do programa de Geraldo Alckmin (PSDB) no horário eleitoral da tarde desta quarta-feira (25/10).

O tucano disse que o Brasil não cresce porque governo federal fica parado e "só se mexe" na época de eleição. Após exibir vários depoimentos de eleitores nordestinos, Alckmin prometeu retomar obras "paradas" pelo governo Lula no Nordeste, como a ferrovia Transnordestina e os metrôs de Salvador, Fortaleza e Recife.

A criação de uma nova Sudene, ligada diretamente ao gabinete da Presidência, foi outra proposta apresentada pelo candidato do PSDB. "O dinheiro para obras existe e está no orçamento. O governo precisa agir, acabar com o desperdício e economizar", disse.

Alckmin também citou medidas para explorar melhor o potencial turístico do Nordeste, como a duplicação de rodovias e a qualificação da mão-de-obra para o setor por meio do investimento no ensino técnico. O ex-governador aproveitou o tema e mostrou a expansão das FATECs (Faculdades de Tecnologia) em São Paulo.

O programa do tucano terminou com um chamado para o último comício de sua campanha, que será realizado na tarde desta quarta-feira no Vale do Anhangabaú, centro da capital paulista.

Pesquisa

O programa de Lula começou em tom otimista, com a exibição dos números da última rodada da pesquisa Datafolha, divulgada na noite anterior. "A certeza cresce ainda mais", disse o locutor. Considerando apenas os votos válidos, o presidente tem 61%, contra 39% de Alckmin.

O restante foi uma repetição do programa da noite de terça, sobre segurança pública. Lula criticou a onda de ataques do crime organizado em São Paulo, Estado governado por Alckmin até o início deste ano.

O desempenho da Polícia Federal nos últimos quatro anos mereceu destaque. "Acabamos com todo tipo de ingerência nas investigações da PF", disse o presidente. O programa afirmou que foram feitas mais de 300 operações especiais "sem disparar um só tiro".

Hélio de Oliveira Santos (PDT), prefeito de Campinas (SP), deu depoimento favorável a Lula.

Como no final do primeiro turno, o programa do petista pediu aos eleitores que compareçam às urnas no dia 29 de outubro, contra a abstenção.