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23/10/2006 - 14h47

Lula faz programa para classe média; Alckmin bate em saúde

Da Redação
Em São Paulo
Com votos concentrados principalmente entre os eleitores de baixa renda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dedicou seu programa eleitoral desta segunda-feira (23/10) para a classe média "moderna". O presidente disse que pretende não só reduzir a desigualdade, mas também "ampliar e fortalecer" a classe média.

"Vou dirigir atenção muito especial a esse segmento, dando oportunidades para que desenvolva seu potencial produtivo e criativo", disse Lula.

O programa destacou as ações do governo petista que beneficiaram a classe média, como a ampliação do crédito e a recuperação da renda. "Computador, viagens turísticas, internet, carro novo, casa própria. Tudo isso ficou mais fácil no governo Lula", disse uma das apresentadoras do programa.

Lula prometeu dar atenção a duas áreas de interesse da classe média: ensino superior e habitação. O presidente garantiu que, se eleito, vai aumentar o números de bolsas de estudo do Prouni. "Não só para os pobres, mas muitos setores da classe média sempre tiveram dificuldade de acesso à universidade. Meu sonho é transformar o Brasil no país mais democrático do mundo para o acesso à universidade."

O petista também afirmou que pretende aperfeiçoar o financiamento da casa própria para a classe média. Ele destacou o aumento de empréstimos feitos pela Caixa Econômica Federal e apresentou propostas para as pequeno e micro empresas.

O tucano Geraldo Alckmin voltou a falar de suas propostas para a área da saúde nesta segunda-feira, reforçando a imagem de "médico". Alckmin prometeu voltar com os mutirões "do ministro José Serra" e implantar o programa de distribuição de medicamentos Dose Certa, se for eleito.

"Quero levar remédio de graça para todo o Brasil", disse. "O governo Lula está cobrando remédio de quem não pode pagar", criticou.

O tucano voltou a dizer que vai reestruturar as Santas Casas e criar centros médicos especialistas. "Saúde não é discurso, é trabalho. Vou começar pelos hospitais do Rio de Janeiro, que estão muito mal", prometeu.

A campanha do tucano explorou as novas informações sobre o caso do dossiê nos últimos minutos do programa. Um apresentador anunciou que existem "mais revelações sobre escândalos dos petistas" e mostrou capas de jornais com manchetes sobre o assessor de Lula, Gilberto Carvalho.

"Agora é você que vai dizer com seu voto: sim, eu aceito tudo isso; ou não, chega, eu voto por um Brasil decente", atacou um dos apresentadores.