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29/09/2006 - 00h35

No quarto bloco, Heloísa propõe R$ 10 bilhões a mais para Fundeb

Da Redação
Em São Paulo
No quarto bloco do debate na TV Globo, os candidatos diminuíram os ataques ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A primeira pergunta, formulada por Geraldo Alckmin, foi dirigida a Heloísa Helena. O tucano disse que houve um retrocesso da educação básica no governo Lula e quis saber as propostas da candidata para o setor.

Heloísa respondeu que pretende aumentar os investimentos no Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) em R$ 10 bilhões, recurso oriundo da economia com as mudanças na política econômica. A senadora citou a mãe, que fez um esforço "inimaginável" para que ela e o irmão chegassem à universidade.

Na réplica, Alckmin disse que pretende implantar o ensino fundamental de nove anos e um mino de 5 horas/aula para todas as escolas do país, a exemplo do que foi feito em São Paulo.

Na tréplica, Heloísa afirmou que não é contra a Bolsa Família, mas que apenas não deseja que o programa continue sendo um incentivo à gravidez na adolescência. A candidata propôs escola integral para todos e lembrou da "irresponsabilidade" com a educação dos governos de Fernando Henrique Cardoso e de Lula.

Emoção

A segunda pergunta, sobre saúde, coube a Heloísa. O senador Cristovam Buarque apresentou propostas para a área como orientação de saúde nas escolas, extensão do programa Saúde da Família e chegou a sugerir um "Prouni" da saúde.

Na réplica, a senadora do PSOL lembrou o tempo em que foi enfermeira na Universidade Federal de Alagoas. "Existe um abismo entre o que foi conquistado na lei a experiência de vida do povo", disse, a respeito da legislação do Sistema Único de Saúde.

Heloísa lembrou que o filho ficou em coma num hospital em que não havia o medicamento adequado. Cristovam comentou dizendo que ficou "emocionado" em ver uma senadora levar seu filho a um hospital público.

Elogio a FHC

A Bolsa Família foi o assunto da última pergunta do bloco, do senador do PDT para Alckmin. Recordando o lema da campanha de Lula em 2002, Cristovam disse que o presidente tenta matar a esperança com o medo de as famílias perderem a Bolsa Família.

O candidato do PSDB lembrou que a rede de proteção social começou em Campinas e no Distrito Federal, quando o então governador Cristovam criou a Bolsa Escola. Também citou programas de FHC como Bolsa Alimentação, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e Vale Gás. "Vou acabar com a história de a Bolsa Família ser moeda de troca, vou torná-la lei para não depender de voto", disse.

Na réplica, Cristovam elogiou o fato de FHC ter mantido o nome Bolsa Escola no governo federal, mesmo se tratando de uma iniciativa de um governador petista. Alckmin complementou sua proposta com incentivos à geração de renda para que a população não dependa da Bolsa Família, como microcrédito e o Banco do Povo.