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14/09/2006 - 01h17

Jornalista insiste em fazer pergunta no 4º bloco para Lula, ausente no debate na Gazeta

Da Redação
Em São Paulo
Mesmo sem comparecer ao debate promovido pela TV Gazeta nesta madrugada de quarta-feira (13/9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quase foi questionado por um dos jornalistas durante o evento.

Na segunda parte do bloco, os jornalistas poderiam formular uma pergunta para qual candidato quisessem. O jornalista Carlos Marchi pediu para fazer uma pergunta para o presidente Lula. Mas a apresentadora Maria Lydia interveio e disse que as regras do debate não permitiam isso.

Marchi insistiu na pergunta direcionada para a cadeira vazia de Lula. Lydia disse, de novo, em tom alterado, que uma pergunta dirigida a Lula seria "injustiça" com os presidenciáveis presentes no debate.

Na falta de Lula, Marchi perguntou a Geraldo Alckmin (PSDB) o que o tucano faria com o programa Bolsa-Família, se eleito. Alckmin defendeu a vinculação do Bolsa-Família à educação, "como ocorria no Bolsa-escola".

"Precisamos voltar à contrapartida e à porta de saída. Quero continuar ajudando as famílias de baixa renda", prometeu.

Cristovam Buarque (PDT) fez críticas mais duras ao Bolsa-Família quando questionado sobre o assunto também pelo jornalista Carlos Marchi. O ex-ministro da Educação disse que o programa federal, da forma como está, "vicia, acomoda, não tira da pobreza".

"Precisamos da volta do Bolsa-escola. E para as famílias que não tem filhos, criaríamos o emprego social", defendeu.

Heloísa Helena (PSOL) subiu o tom nos ataques a Lula durante o 4º bloco. A senadora disse que terá mais condições de enfrentar um segundo turno com o petista.

"Ninguém melhor do que eu para disputar o segundo turno com Lula. Ele faz discursos de que vem de família pobre. Por que eu? Vim de uma família pobre, mas quando toquei os palácios não me vendi, não roubei", criticou.

Saia justa

Alckmin passou por duas saias justas durante o 4º bloco do debate. Primeiro, o tucano teve de se posicionar sobre reeleição, assunto que "tem pontos positivos e negativos" para ele. "FHC errou ao propor a reeleição?", perguntou o jornalista Bob Fernandes.

"Reeleição não foi para FHC, foi para governadores e prefeitos. O que não pode é haver abuso", defendeu.

"Tem gente que é a favor, tem gente que é contra. Covas (o ex-governador de São Paulo Mário Covas) era contra por questões pessoais, tanto que se afastou para disputar a reeleição", completou.

Depois, Alckmin teve de explicar o motivo do abandono do estilo zen na campanha. A apresentadora e jornalista Maria Lydia perguntou se a estratégia foi uma forma de não mostrar "vuneralibidades" de seu partido e de seu governo no Estado de São Paulo.

"A primeira parte da propaganda na TV se dedicou a mostrar quem é o Geraldo. Nunca disputei eleição fora de SP", explicou.


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