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14/09/2006 - 01h08

Coincidências fazem presidenciáveis caírem no riso em 2º bloco do debate na Gazeta

Da Redação
Em São Paulo
As coincidências fizeram os candidatos caírem no riso no segundo bloco do debate dos presidenciáveis na TV Gazeta na madrugada desta quarta-feira (14/9). Apenas o tucano Geraldo Alckmin não teve motivos para rir.

No sorteio dos temas para os candidatos, a educação caiu para Cristovam Buarque (PDT); Heloísa Helena (PSOL) ficou com a saúde, seu principal foco de militância; sem tanta sorte, Alckmin foi obrigado a falar sobre segurança pública.

O tucano voltou a dizer que a segurança pública "é um problema de todas as cidades do país" e culpou o governo federal pela violência no Estado de São Paulo. "Um presidente não pode se omitir como fez o presidente atual", atacou.

Ao falar de educação, Cristovam afirmou que, se eleito, vai definir padrões mínimos para as 160 mil escolas do país, garantindo ensino integral.

Questionada por Alckmin sobre um possível risco de um novo apagão nos próximos anos, Heloísa Helena alfinetou. A senadora responsabilizou tanto o governo Fernando Henrique Cardoso quanto o governo Lula pela falta de investimentos na geração de energia.

"Vamos fazer novos investimentos na geração de energia para dinamizar a economia e impedir uma nova crise, que é retrato da irresponsabilidade de FHC e Lula", criticou.

Cristovam e Alckmin alinharam o discurso contra Lula na última pergunta do bloco. O pedetista contrastou a evolução das eleições no campo tecnológico - pelos dez anos da urna eletrônica - e o atraso de uma disputa "acomodada", com Lula na liderança.

"O governo roubou a esperança do povo brasileiro. Há um abismo entre entre o falar e o fazer de Lula", atacou Alckmin.

Declarando-se parlamentarista, o tucano disse que a Câmara de Deputados já teria sido dissolvida no ano passado se o país estivesse sob esse regime.

Na réplica, Cristovam condenou a reeleição por "possibilitar o uso da máquina pública". "No primeiro dia de governo, o presidente já se comporta como um candidato que disputará eleições depois de quatro anos. Sou a favor da abolição da reeleição", afirmou.

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