UOL EleiçõesUOL Eleições

29/08/2006 - 21h40

Alckmin ataca Lula; presidente mantém linha "paz e amor"

Da Redação
Em São Paulo
Depois de sofrer pressão continuada e levar puxões de orelha de aliados, o candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin, resolveu atacar diretamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição, no horário eleitoral desta noite de terça-feira (29/08). Alckmin fez diversas críticas ao petista, desta vez referindo-se a "Lula" e não ao "governo federal", como vinha ocorrendo.

As críticas mais duras --sobre corrupção e escândalos no governo Lula-- ficaram a cargo de um locutor. No fim do programa, um apresentador lembrou que ministros foram demitidos por envolvimento em escândalos e afirmou que o país está na lista dos mais corruptos. "Um presidente que não controla seus ministros e alega que não viu nada, não sabe de nada, faz mal para o Brasil", disse o locutor.

No programa, Alckmin disse que o principal problema do país é o desemprego. O tucano também voltou a criticar a carga tributária e os gastos do governo federal com eleições e cargos de confiança.

"O governo nunca pegou tanto dinheiro dos brasileiros. Isso acontece porque o governo não gasta direito", disse.

O programa do tucano desta noite apostou também em um tom mais emocional. Para comentar as realizações de Alckmin em São Paulo, o programa mostrou o depoimento de uma jovem que, chorando, disse ter voltado a estudar após ter entrado no projeto Ação Jovem, implantado pelo tucano.

O candidato pelo PDT, senador Cristovam Buarque, também manteve as críticas a Lula no programa eleitoral desta noite. O pedetista dedicou seu espaço para falar sobre a geração de empregos.

"Lula prometeu 10 milhões de empregos. Chegou ao fim do mandato e não cumpriu metade disso", disse.

O candidato afirmou que só uma "revolução na educação" pode criar possibilidade para a geração de 10 milhões de empregos.

Ao lado do presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, Cristovam afirmou que vai implantar centros de Solidariedade ao Trabalhador em todo o país, nos mesmos moldes das unidades que funcionam em São Paulo.

O presidente Lula manteve a linha "paz e amor". Na abertura do programa, um locutor anunciou que começava o programa eleitoral gratuito do presidente que "não calunia e nem fala mal" dos adversários.

O programa desta noite enalteceu conquistas do governo Lula nas áreas de pesquisa e tecnologia. Lula disse que seu governo tem um "tripé" --avanço social, econômico e tecnológico.

Lula garantiu que a geração de empregos será "uma verdadeira obsessão" em um possível segundo mandato. "O Brasil deixará de ser o país do futuro para ser a potência do presente."

O vice de Lula, José Alencar, participou do programa e prometeu maior crescimento em um possível segundo governo.

"Vencemos a luta. Agora é hora de crescer, e crescer com vigor. O país está pronto para levantar vôo", afirmou Alencar.