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José Maria Eymael

Divulgação
ÁLBUM DE FOTOS

Nome: José Maria Eymael

Data de nascimento: 2 de novembro de 1939

Local: Porto Alegre (RS)

Partido: Partido Social Democrata Cristão (PSDC)

Tempo de partido: 11 anos

Partidos anteriores: PDC, PTB e PDT

Formação profissional: advogado

Eymael prega compromisso com a família

Larissa Morais
Da Redação
Em São Paulo

O gaúcho José Maria Eymael é candidato à Presidência da República pelo PSDC pela segunda vez. Em 1998, ele se tornou conhecido pelo jingle que já havia utilizado em campanhas no Estado de São Paulo: "Ei, ei, Eymael/Um democrata cristão/Para presidente do Brasil/Queremos Eymael/Pela família e pela nação".

A votação de 171.831 votos deve ser maior em 2006, segundo Eymael. "A missão na primeira candidatura foi mostrar que o partido havia sido reconstruído. Hoje estamos mais estruturados, queremos disputar, e não apenas concorrer", diz. O candidato e seu partido definem-se como cristãos, democratas e comprometidos com a família e a justiça social. O programa do PSDC diz que seu objetivo é construir uma sociedade livre, justa e solidária. Repudia o "capitalismo selvagem", por não promover a justiça social. Defende a propriedade privada com finalidade social, o estímulo ao pequeno produtor rural, a livre iniciativa e a empresa nacional, principalmente as micros, pequenas e médias.

Apesar de ter apoiado Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno em 2002, o PSDC diz que a polarização entre PT e PSDB-PFL é a "luta do mal contra o mal". Para o partido, o governo de Fernando Henrique Cardoso paralisou o país. O governo Lula, além de ter copiado o anterior, teria derrotado a esperança. "O país vive uma crise moral e política", afirma Eymael.

Ministério da Segurança nos planos
O projeto central do candidato é transformar o Estado em servidor da população. Segundo Eymael, o país hoje está parado, vítima de uma servidão dos cidadãos que perpetua a injustiça social.

Neste "Estado senhor", os impostos apenas arrecadam e oprimem. A área tributária, especialidade de Eymael, deve ser instrumento de desenvolvimento e justiça social. Outra de suas propostas é que auditorias externas independentes fiscalizem as contas públicas.

Eymael promete combater a violência com a criação de um Ministério da Segurança. "Várias pastas foram criadas para empregar candidatos derrotados, enquanto um dos maiores problemas do país, a violência, continua em segundo plano", diz.

Quanto à política econômica, para o ex-deputado o equívoco do governo Lula foi ter "errado na dose". A dívida deve ser paga, mas de forma a permitir o crescimento do país. Os juros devem baixar e o superávit primário deve ser mantido, em menor proporção.

O PSDC lançou candidatos a governador em todos os Estados, um feito inédito nos 11 anos de existência do partido. Sobre alianças, Eymael é taxativo: "Temos conversado com vários partidos, mas exigimos a cabeça de chapa". Segundo ele, as outras candidaturas que se opõem à polarização PT x PSDB não foram capazes de apresentar uma proposta diferenciada como o PSDC.

Nome de Deus na Constituição
Eymael é casado, tem dois filhos e cinco netos. É empresário há mais de 30 anos nas áreas de marketing, comunicação e tecnologia da informação. É o mais velho de sete irmãos. Iniciou a vida profissional cedo, como aprendiz de tipografia aos 12 anos, e foi líder do movimento estudantil.

Ainda em Porto Alegre, começou a atuar em 1962 na Juventude Democrata Cristã, do PDC (Partido Democrata Cristão). Em 1964 mudou-se para São Paulo para dirigir o setor de recursos humanos de uma grande empresa. Quatro anos depois, montou sua própria empresa.

Em 1965, o Ato Institucional nº 2 (AI-2) extinguiu o PDC, partido que havia sido fundado em 1945, pouco depois do surgimento da democracia cristã na Europa. O ex-presidente Jânio Quadros foi o primeiro vereador do partido, eleito em 1948.

No período do regime militar, Eymael não teve atuação política. Só voltou à cena em 1982, para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PTB. Dois anos depois, teve uma rápida passagem pelo PDT.

Quando o partido retomou suas atividades, em 1985, Eymael candidatou-se à Prefeitura de São Paulo pelo PDC. Nesta campanha foi lançado o jingle utilizado nas eleições seguintes, e que o tornou conhecido.

Eleito deputado federal com pouco mais de 70 mil votos em 1986, o democrata cristão participou da Assembléia Constituinte, onde apresentou 145 propostas. Entre elas, a manutenção do nome de Deus no preâmbulo da Constituição: "Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, (...) promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil".

Foi reeleito para a Câmara dos Deputados em 1990. Sua atuação parlamentar foi marcada pela defesa dos interesses das empresas contábeis e de serviços.

Em 1993, o PDC tinha três governadores, quatro senadores, 22 deputados federais e centenas de prefeitos. No mesmo ano, fundiu-se ao PDS (Partido Democrático Social) de Paulo Maluf, criando o PPR (Partido Progressista Reformador), futuro PPB, hoje PP.

Eymael foi contra a fusão e, em 30 de março de 1995, fundou o PSDC - que obteria registro definitivo no TSE em 1997. A inclusão do "S" de social na sigla pretendeu destacar o compromisso do partido com a justiça social. Pela nova sigla, o ex-deputado foi um dos doze candidatos à Presidência em 1998 e obteve pouco mais de 170 mil votos, ou 0,25% do total.

Nas eleições de 2002, Eymael coordenou a campanha do PSDC nos Estados. O partido elegeu seis deputados estaduais, o primeiro deputado federal do partido (Reinaldo Betão, que se filiou ao PL antes da posse) e vários suplentes. No segundo turno da eleição presidencial, o partido apoiou Lula, mas não chegou a participar do governo.








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